PARIS, 30 de ago de 2017 às 17:30
Em Le Blanc, França, mulheres com Síndrome de Down e que ouvem o chamado de Deus a uma vida religiosa têm a oportunidade de dar seu ‘sim’ ao Senhor por meio das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro (Le petites soeurs disciples de l’Agneau).
Fundadas em 1985, com uma vocação contemplativa, estas religiosas se apoiam na Regra de São Bento e no caminho da Infância Espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus.
Oferecem às jovens com síndrome de Down a possibilidade de realizar sua vocação religiosa, acompanhadas por outras irmãs da comunidade que não apresentam a mesma condição.
Conforme relata o site das Irmãzinhas, tudo começou com o encontro de duas mulheres: Madre Line, atual priora da comunidade, e Ir. Veronique, uma jovem com síndrome de Down, que hoje é religiosa.
Madre Line notou uma verdadeira vocação em Veronique e soube que ela precisaria de ajuda, porque todas as comunidades religiosas nas quais ela se apresentou se mostraram relutantes em recebê-la.
Assim, assinalam no site, “ano após ano, a comunidade – reconhecida pela Igreja e guiada pelo Espírito Santo – adaptou-se à Síndrome de Down e à vida religiosa com esta condição”.
A comunidade foi reconhecida em 1990 pelo então Arcebispo de Tours, Dom Jean Honoré, como uma associação pública de fiéis leigos, o que foi confirmado em 1995 pelo então Bispo de Bourges, Dom Pierre Plateau.
Em dezembro de 2011, Dom Armand Maillard, Bispo de Bourges, aprovou definitivamente a Constituição do Instituto das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro.
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Em sua vida cotidiana, estas religiosas participam da Missa, rezam e realizam trabalhos de costura, bordados, confeitaria, entre outros. A comunidade recebe assistência do mosteiro beneditino de Fontgombault.
Em declarações ao jorna espanhol ‘La Razón’, em 2009, Madre Line expressou que “no âmbito espiritual, os termos de ‘validez’ e de ‘incapacidade’ devem se relativizar”, pois “a incapacidade mais grave acaso não é aquela produzida pelo pecado, que obstaculiza a vida de Deus na alma?”, pergunta-se.
Para a religiosa, “uma pessoa que acolhe plenamente a graça se constrói e se abre também humanamente”.
Em 2005, por ocasião de seus 20 anos de fundação, Dom Pierre Plateau animou as irmãzinhas a seguir respondendo o chamado de Cristo e assinalou que, “porque as ama, Jesus as chamou, provavelmente porque quer que sua pequena comunidade mostre a um mundo que pode ser muito egoísta a ternura de Deus para todos os que o reconhecem e como os pequenos são capazes de demonstrar muito amor e provavelmente mais do que outros. É sua maneira de proclamar a Boa Nova”.
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— ACI Digital (@acidigital) 24 de julho de 2017