REDAÇÃO CENTRAL, 9 de set de 2017 às 05:00
“Ego Petrus Claver, etiopum semper servur (Eu Pedro Claver, dos negros escravo para sempre)”, escreveu uma vez São Pedro Claver, que, como missionário em Cartagena (Colômbia), tornou-se protetor da população negra e escravos.
Pedro nasceu em Verdú (Espanha), em 26 de junho de 1580. Aos 19 anos ingressou na Companhia de Jesus. Mais tarde, foi enviado como missionário para Nova Granada e ordenado sacerdote em Cartagena, em 1616.
Nas missões, opôs-se às injustiças da escravidão institucionalizada, na qual vendiam escravos para todo tipo de trabalho forçado.
Enquanto os escravos estavam presos para ser comprados, Claver os instruía e batizava, o que lhe causou mais de um problema. Chegou a ser incompreendido pelas pessoas do povoado e, em algum momento, até pelos superiores.
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Entretanto, o santo continuava com sua obra, tornando-se um grande profeta do amor evangélico que não tem fronteiras, nem cor. Partiu para a Casa do Pai em 9 de setembro de 1654, no território da atual Colômbia.
São João Paulo II, que visitou o túmulo deste santo em Cartagena, em 1986, disse que “hoje, como no século XVII em que viveu São Pedro Claver, a ambição do dinheiro domina o coração de muitas pessoas e as converte, mediante o comércio da droga, em traficantes da liberdade de seus irmãos aos quais escravizam com uma escravidão mais temível, às vezes, do que ados escravos negros...”.
“Como homens livres a quem Cristo chamou a viver em liberdade, devemos lutar decididamente contra essa nova forma de escravidão que a tantos subjuga em tantas partes do mundo, especialmente entre a juventude, a qual é necessário prevenir a todo custo e ajudar as vítimas da droga a se libertar dela”, enfatizou.