O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, afirmou que o Papa Francisco incentiva o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a corrigir os problemas que geram a grave crise que o país está vivendo atualmente.

Em entrevista à ‘Union Radio’, divulgada pela Arquidiocese de Caracas em 12 de setembro, o Cardeal assinalou que “o Papa falou sobre a Venezuela, fez um grande esforço para convidar o presidente (Maduro) a corrigir os problemas causados pela crise atual”.

Esta crise, lamentou o Purpurado, faz com que “algumas pessoas morram de fome e outros comam do lixo”.

Além disso, o Purpurado disse que em meio à crise “houve uma carta recente, acho que foi em junho, em plena manifestação, mas não sei se teve uma resposta”.

Sobre o encontro de um grupo de bispos venezuelanos com o Santo Padre, em Bogotá, no final da primeira Missa presidida na Colômbia, o Cardeal disse que durou cerca de 10 minutos, um momento “maravilhoso”.

“O Papa manifestou sua solidariedade ante a situação que estamos vivendo e nos convidou a seguir em frente, trabalhando pelo povo da Venezuela como pastores da igreja que nos preocupamos pelo bem de nossos fiéis”, contou o Cardeal.

Nesse breve diálogo, continuou, “mostramos como a crise política aumentou, como o governo se radicalizou, falamos sobre essa Assembleia Nacional Constituinte e seus poderes onipotentes, isso não está previsto na constituição”.

Também tiveram um momento para denunciar a “crueldade com os presos políticos e a perseguição política dos prefeitos”.

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O Cardeal Urosa reiterou que a Santa Sé permanece disposta a dialogar com o governo, desde que “haja condições claras e garantias seguras”.

Em várias ocasiões, o Papa Francisco expressou sua preocupação pela Venezuela.

No domingo, 10 de setembro, depois da oração do Ângelus em Cartagena, na Colômbia, o Pontífice ofereceu as suas orações pela Venezuela e pediu “que se rechace todo tipo de violência na vida política e se encontre uma solução para a grave crise que se está vivendo e afeta todos, especialmente os mais pobres e desfavorecidos da sociedade”.

Do mesmo modo, no voo que o levou da Colômbia para Roma, o Santo Padre recordou que, na Venezuela, a situação “é muito difícil e o mais doloroso é o problema humanitário. Para muitas pessoas se escapa ou sofre. Há um problema humanitário que devemos ajudar a responder. Acredito que a ONU deve fazer-se ouvir para ajudar”.

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