PARIS, 20 de set de 2017 às 17:00
Um crânio conservado na Basílica de Santa Maria Madalena, em Saint-Maximin-la-Sainte-Baume, na região sudeste da França, motivou dois pesquisadores a fazerem uma reconstrução facial. Mas, poderia ser o verdadeiro rosto da santa discípula de Jesus?
Le visage de #MarieMadeleine dévoilé par le médecin légiste Philippe Charlier | https://t.co/Va8BI4XZDx @doctroptard cc @France3Provence pic.twitter.com/GXIS14eC1P
— France 3 Paris (@France3Paris) 8 de setembro de 2017
Há três anos, Philippe Charlier, antropólogo biológico da Universidade de Versalles, e Philippe Froesch, especialista em imagens forenses, se interessaram pelo crânio que acreditam ter sido de Maria Madalena.
O crânio está em um altar da Basílica de Santa Maria Madalena, na pequena cidade de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume.
O suposto túmulo de Santa Maria Madalena foi descoberto em 12 de dezembro de 1279 e gerou a devoção de Carlos II de Anjou, Rei de Nápoles, que financiou a construção do templo.
De acordo com a tradição local, Maria Madalena junto com o seu irmão Lázaro viajaram em um barco milagroso, sem velas nem leme, da Terra Santa à França, evangelizando a região de Marselha.
A igreja atual foi concluída no início do século XV.
“Não temos certeza absoluta de que este é o verdadeiro crânio de Maria Madalena”, explicou Philippe Charlier à revista ‘National Geographic’, “mas era importante tirá-lo do anonimato”.
O crânio está protegido por um vidro, de maneira que os pesquisadores tiveram que tirar mais de 500 fotografias de diferentes ângulos para uma tomografia computadorizada em 3D.
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On September, 8 will be presented the reconstitution of the face from the so-called skull of Maria-Magdalena (https://t.co/PJUYKdYH7E) pic.twitter.com/pmzqCUbfg8
— Philippe Charlier (@doctroptard) 31 de agosto de 2017
Assim, determinaram que o crânio era de uma mulher que morreu, aproximadamente, aos 50 anos, e era de ascendência mediterrânea.
Os cabelos encontrados no crânio indicam que a mulher tinha o cabelo castanho escuro. A cor do rosto foi determinada pelos tons típicos das mulheres da região do Mediterrâneo.
De acordo com Froesch, o processo que seguiram está baseado no do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) para investigações criminais.
Os pesquisadores esperam que no futuro, a Igreja Católica lhes permita realizar testes de DNA no crânio a fim de determinar a origem geográfica da mulher.
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— ACI Digital (@acidigital) 10 de junho de 2016