Um crânio conservado na Basílica de Santa Maria Madalena, em Saint-Maximin-la-Sainte-Baume, na região sudeste da França, motivou dois pesquisadores a fazerem uma reconstrução facial. Mas, poderia ser o verdadeiro rosto da santa discípula de Jesus?

Há três anos, Philippe Charlier, antropólogo biológico da Universidade de Versalles, e Philippe Froesch, especialista em imagens forenses, se interessaram pelo crânio que acreditam ter sido de Maria Madalena.

O crânio está em um altar da Basílica de Santa Maria Madalena, na pequena cidade de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume.

O suposto túmulo de Santa Maria Madalena foi descoberto em 12 de dezembro de 1279 e gerou a devoção de Carlos II de Anjou, Rei de Nápoles, que financiou a construção do templo.

De acordo com a tradição local, Maria Madalena junto com o seu irmão Lázaro viajaram em um barco milagroso, sem velas nem leme, da Terra Santa à França, evangelizando a região de Marselha.

A igreja atual foi concluída no início do século XV.

“Não temos certeza absoluta de que este é o verdadeiro crânio de Maria Madalena”, explicou Philippe Charlier à revista ‘National Geographic’, “mas era importante tirá-lo do anonimato”.

O crânio está protegido por um vidro, de maneira que os pesquisadores tiveram que tirar mais de 500 fotografias de diferentes ângulos para uma tomografia computadorizada em 3D.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Assim, determinaram que o crânio era de uma mulher que morreu, aproximadamente, aos 50 anos, e era de ascendência mediterrânea.

Os cabelos encontrados no crânio indicam que a mulher tinha o cabelo castanho escuro. A cor do rosto foi determinada pelos tons típicos das mulheres da região do Mediterrâneo.

De acordo com Froesch, o processo que seguiram está baseado no do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) para investigações criminais.

Os pesquisadores esperam que no futuro, a Igreja Católica lhes permita realizar testes de DNA no crânio a fim de determinar a origem geográfica da mulher.

Confira também: