Um vídeo viralizou nas redes sociais nos últimos dias, com um fragmento de uma entrevista do Papa Francisco, na qual lamenta que o diabo “castiga com muita raiva” o México. Qual é a verdade?

A entrevista ao Santo Padre foi realizada em 2015 pela jornalista Valentina Alazraki, da rede de televisão mexicana Televisa.

Naquela ocasião, o Papa recordou que “o México passou por momentos de perseguição religiosa, onde engendrou mártires”.

Francisco fez uma relação entre o ódio do diabo ao México e a profunda devoção dos mexicanos à Virgem de Guadalupe.

“Eu acho que o diabo castiga o México com muita raiva. Por isso. Acho que o diabo não perdoa o México, que Ela tenha mostrado aí o seu Filho”.

O Santo Padre disse que esta é uma “interpretação pessoal”, mas destacou que “o México é privilegiado no martírio, por ter reconhecido, defendido sua Mãe”.

“Você vai encontrar mexicanos católicos, não católicos, ateus, mas todos são devotos da Virgem de Guadalupe. Ou seja, todos se sentem filhos. Filhos da mulher que deu à luz ao Salvador, que destruiu o demônio”, assinalou.

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“Ou seja, a santidade também está unida a isso. Acho que o diabo passou a conta histórica para o México, não é? E por causa de todas essas coisas, vemos que na história sempre apareceu focos graves de conflitos, certo?”, expressou.

Em seguida, o Papa perguntou: “Quem é o culpado? O governo?”.

“Essa é a solução, a resposta, mais superficial. Os governos sempre são os culpados. Sim, o governo. Todos nós, de alguma forma somos culpados ou, pelo menos, não somos responsáveis pelo sofrimento”, disse.

“Algumas pessoas estão bem e talvez não foram tocados pela morte desses meninos, não se importaram. Bom, não me tocou, graças a Deus, não me tocou. Mas a maioria do povo mexicano é solidário. E essa é uma das virtudes que vocês têm, certo? E acredito que todos nós devemos ser responsáveis de resolver isso de alguma forma, certo?”, disse.

“Eu sei que é muito difícil denunciar um traficante de drogas. Porque se perde a vida, é uma espécie de martírio, não? É duro, mas acho que todos em situações assim, tanto no México ou não no México, temos que apoiar. Ou seja, culpar só um setor, só uma pessoa, só um grupo, é infantil”, destacou.

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