Vaticano, 3 de out de 2017 às 08:00
O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Vincenzo Paglia, afirmou que as políticas e ações pró-vida devem se estender a todas as fases da vida e em todas as áreas, por isso também deve influenciar as realidades como a situação refugiados ou das pessoas que vivem em situações de extrema pobreza: “A Academia sente a responsabilidade de declinar o fim da vida, não só no seu conteúdo teórico, mas também no seu conteúdo histórico e geográfico”.
O presidente da Pontifícia Academia apresentou, durante uma coletiva de imprensa no Vaticano, um resumo dos conteúdos e objetivos da Assembleia Geral da Pontifícia Academia para a Vida que, cujo tema será “Acompanhar a vida. Nova responsabilidade na era tecnológica”, a ser realizada entre os dias 5 e 7 de outubro.
Dom Paglia assinalou que, com esta Assembleia Geral, a primeira organizada pela Pontifícia Academia depois da sua renovação, trata-se de responder à urgência de “localizar o foco no sentido da vida humana, que não pode ser reduzida somente ao que as ciências naturais dizem”.
“Sob essa luz – explicou –, será possível interpretar o destino da pessoa humana, a sua missão no mundo, as suas relações, que exige superar a trágica dinâmica de alguns resultados da cultura ocidental”.
Dom Paglia assinalou que “a ambição da Academia é enfrentar estas questões combinando o rigor científico com a sabedoria humanista, com a paixão pela verdade e o confronto entre diferentes competências e visões do mundo”.
O presidente da Pontifícia Academia para a Vida também falou sobre alguns aspectos da renovação, realizada por meio da aprovação de um novo Estatuto no ano passado. Indicou que esta renovação “foi efetivada com a nomeação dos novos estudiosos, provenientes de 37 países do mundo: 4 membros honorários, 45 membros ordinários nomeados pelo Papa Francisco, 87 membros correspondentes e 13 jovens pesquisadores”.
Através desta renovação, a Pontifícia Academia busca alcançar melhor os seus objetivos. “A Academia tem a missão específica de se colocar ao serviço da vida humana em todas as suas fases, ao mesmo tempo em que amplia os temas que enfrenta e as competências que estão sob a sua responsabilidade”, disse Dom Paglia.
“A situação contemporânea exige uma reflexão sobre a vida humana que leve em consideração as novas tecnologias que causaram um impacto neste campo, assim como os múltiplos fatores que influenciam nas transformações dos contextos sociais”.
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Durante a apresentação da Assembleia, o Arcebispo Renzo Pegoraro, Chanceler da Pontifícia Academia para a Vida, sublinhou que a Assembleia “busca proporcionar luz sobre o impacto da tecnologia na vida humana em todas as suas fases, desde a fecundação até a morte, enfrentando também os aspectos jurídicos antropológicos da paternidade, os aspectos culturais específicos da civilização da eficiência e das relações entre tecnologia, justiça e recursos econômicos”.
“Tudo aquilo que desenvolve questões relevantes e urgentes relacionadas à ética, que convidam todos a compreender e assumir a responsabilidade que devem ter com a vida humana”.
Dom Pegoraro destacou que “o poder da tecnologia deve ser acompanhado do desenvolvimento do ser humano em relação à responsabilidade, aos valores e à consciência”, e assinalou que “a Assembleia organizada pela Pontifícia Academia para a Vida está localizada nesta perspectiva, buscando oferecer elementos de reflexão ética para todos aqueles que têm essa responsabilidade”.
Segundo indicou, a Pontifícia Academia tenta enfrentar o desafio “do acompanhamento em todas as fases da vida humana”.
A Assembleia Geral discutirá temas sobre a vida na era da tecnologia, o desafio antropológico da reprodução assistida, que vê o homem como um ‘objeto fabricado’, a paternidade, a cultura do descarte, a tecnologia a serviço da justiça e do acompanhamento no momento da morte.
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Pontifícia Academia para a Vida: Estaremos sempre contra qualquer prática abortiva https://t.co/6VhrUZpsmc
— ACI Digital (@acidigital) 20 de junho de 2017