Roma, 3 de out de 2017 às 11:00
O Pe. Tom Uzhunnalil, sacerdote salesiano que ficou sequestrado durante 18 meses pelo Estado Islâmico (ISIS), receberá no dia 10 de dezembro deste ano o Prêmio Internacional Madre Teresa por “ser uma pessoa compassiva” e decidir permanecer, apesar do perigo, no lar de idosos das Missionárias da Caridade no Iêmen até o momento do ataque dos jihadistas em março de 2016.
Este reconhecimento é concedido a todas as pessoas que, através do seu serviço, promoveram a justiça social. O prêmio é concedido desde 2005 pela Fundação Harmony, instituição criada na Índia para promover a coexistência pacífica e solidária entre as diferentes religiões e sociedades.
Abraham Mathai, diretor e fundador da organização, disse ao jornal Gulf News India que o Pe. Tom “foi um exemplo inspirador por ter sido uma pessoa compassiva e por continuar o seu trabalho no asilo das Missionárias da Caridade, no Iêmen , apesar de ter a opção de deixar o país”.
“Elogiamos a dedicação e o compromisso do Pe. Tom por trabalhar em um lugar de grande perigo onde seus colegas foram assassinados a sangue frio”, continuou e recordou as quatro religiosas, uma delas indiana, que foram assassinadas pelos terroristas do ISIS.
Mathai também expressou que a Fundação Harmony está muito agradecida ao Sultão de Omã, Qabus ibn Sa'id Al Sa’id, pelos “seus esforços a fim de garantir a libertação do Pe. Tom das mãos do ISIS” e pela “sua resposta ao Vaticano, que resultou na posterior libertação do sacerdote que permaneceu no cativeiro durante mais de 18 meses”.
O diretor da organização explicou que, em 2017, o lema do prêmio é “Compaixão além das fronteiras, uma resposta compassiva à crise dos refugiados” e indicou que o objetivo é “conscientizar e agir na comunidade internacional”.
A cerimônia de premiação será em 10 de dezembro, na cidade de Mumbai, no estado de Maharashtra, e o convidado de honra será o vice-presidente da Índia, Venkaiah Naidu.
Entre as personalidades internacionais que receberam o Prêmio Madre Teresa estão: Malala Yousafzai; Dalai Lama; o presidente de Gana, Nana Akufo-Addo; e as organizações humanitárias como Médicos Sem Fronteiras e Capecetes Brancos.
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O Pe. Tom Uzhunnalil voltou para a Índia em 28 de setembro, depois de permanecer durante duas semanas em Roma, para onde foi levado depois da sua libertação no dia 12 de setembro.
O sacerdote foi recebido em Nova Deli pelo Primeiro-Ministro, Narendra Modi, e pelo ministro das Relações Exteriores, Sushma Swaraj. Nessa cidade, encontrou com o seu irmão Mathew e com a sua irmã Mary e participou de uma Missa celebrada na Catedral do Sagrado Coração para agradecer por sua libertação. Calcula-se que cerca de duas mil pessoas estiveram presentes.
Fr. Tom Uzhunnalil, who was recently rescued from captivity in Yemen met PM @narendramodi. pic.twitter.com/2OxWX52zSS
— PMO India (@PMOIndia) 28 de setembro de 2017
Em seguida, o Pe. Tom viajou em 29 de setembro a Bangalore, para reunir-se com a comunidade de salesianos e bispos da Índia. Em 1º de outubro, partiu para o estado de Kerala, onde visitará Ramapuram, a sua cidade natal, para encontrar-se com seus entes queridos.
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Deus esteve sempre comigo, disse sacerdote sequestrado 18 meses por jihadistas https://t.co/Luvt2Gc1JE
— ACI Digital (@acidigital) 18 de setembro de 2017