Cidade do México, 5 de out de 2017 às 11:00
Em meio à desolação e a destruição provocadas pelo terremoto de 8,1 de magnitude em 7 de setembro no sul do México, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) visitaram em 2 de outubro alguns lugares mais atingidos para consolar e dar esperança às vítimas.
Em declarações ao Grupo ACI, o assessor nacional da Dimensão Episcopal Mexicana da Pastoral de Adolescentes e Jovens (DEMPAJ), Pe. José de la Luz López, explicou que uma das áreas mais danificadas é Oaxaca e, portanto, a Arquidiocese não podia organizar a recepção que tinham programado da Cruz Peregrina e do ícone mariano da Salus Populis Romani.
Então, a DEMPAJ decidiu “fazer de todas as maneiras uma visita como um sinal de solidariedade, como um sinal da presença de Cristo através da cruz e também da Santíssima Virgem Maria com o ícone”, expressou.
Eles pediram permissão ao então Bispo de Tehuantepec, Bispo Óscar Armando Campos Contreras, para que uma equipe de oito pessoas levasse os símbolos à catedral e a dois abrigos da região.
Acrescentou que os jovens da equipe diocesana de Tehuantepec também participaram da organização para a acolhida da cruz e do ícone da JMJ.
O Pe. José de la Luz indicou que os símbolos foram transladados a Oaxaca em uma caminhonete da cidade de Acapulco, no estado de Guerrero, onde permaneceram nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro.
Ícone da Salus populis Romani em Oaxaca / Foto: DEMPAJ
Cruz peregrina da JMJ / Foto: DEMPAJ
Sobre a reação dos jovens que foram vítimas do terremoto ao receber a cruz e o ícone, o sacerdote afirmou que “resumiria em duas coisas”.
“A primeira, é que os símbolos deram muita esperança. Os jovens estavam muito entusiasmados, estavam muito esperançosos, apesar de toda a perplexidade e a dor que eles sentiam, assim como o seu compromisso por reconstruir suas casas”, manifestou.
“A segunda coisa é que nós, mexicanos, teremos muito que aprender dos jovens dos lugares onde estão sofrendo. Os habitantes de Oaxaca nos mostraram uma fortaleza e uma fé muito grandes”, continuou.
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Os símbolos chegaram primeiramente à catedral da cidade de Tehuantepec, onde foi realizada uma Celebração da Palavra da qual participaram 120 jovens.
Também foram a um albergue que está a duas quadras do templo, onde estavam reunidas cerca de 80 pessoas. O sacerdote comentou que a maioria eram idosos, porque os jovens e os adultos estavam removendo os escombros em suas casas para resgatar seus pertences.
Depois, foram à cidade de Juchitán, mas “somente passamos por lá, não paramos. Passamos pelas áreas mais afetadas, rezamos dentro da caminhonete. Em seguida, fomos para a cidade de Ixtepec, onde a situação é um pouco diferente, pois os abrigos são pequenos e a maioria das pessoas armaram barracas ao lado das suas casas”.
Assim vivem as vítimas em Ixtepec / Foto: DEMPAJ
Além de visitar um dos albergues de Ixtepec, os símbolos foram levados a uma Hora Santa que foi celebrada em uma paróquia local por todas as vítimas.
Celebração da Hora Santa em Ixtepec com a cruz da JMJ/ Foto: DEMPAJ
Depois dessas atividades, os símbolos foram levados para a Arquidiocese de Tuxtla Gutierrez, no estado de Chiapas.
O percurso dos símbolos começou em 23 de agosto e durará aproximadamente 43 dias. Em seguida, serão levados a outros países da América Central e do Caribe. O itinerário terminará no Panamá em agosto de 2018.
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— ACI Digital (@acidigital) 30 de setembro de 2017