REDAÇÃO CENTRAL, 4 de out de 2017 às 18:00
Diante dos recentes casos de exposições polêmicas no Brasil, o Bispo de Palmares (PE), Dom Henrique Soares da Costa, criticou a tentativa de destruir o conceito de família até mesmo com coisas aberrantes, advertindo que nem tudo pode ser considerado arte.
“Estamos vendo uma sociedade que vai se desagregando e se degradando. Prepare-se porque vamos ver cada vez mais isso”, lamentou o prelado em um vídeo no qual fala sobre os casos da exposição ‘Queermuseu’, no Santander Cultural em Porto Alegre (RS), e da performance ‘La Bête’, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo.
No primeiro caso, a exposição ‘Queermuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira’, no Santander Cultural, trouxe obras que apresentavam blasfêmias contra símbolos religiosos, como hóstias nas quais escreveram nomes de órgãos sexuais, além de imagens indicando pornografia, pedofilia e zoofilia.
Após mobilização de cristãos nas redes sociais expressando sua indignação e repúdio à mostra, o banco decidiu encerrar antecipadamente a exposição.
Já o segundo caso veio a público com a divulgação de um vídeo da performance ‘La Bête’, no 35º Panorama da Arte Brasileira, no MAM. As imagens mostram o artista Wagner Schwartz nu deitado no chão, o qual podia ser manipulado pelo público. Uma criança, juntamente com uma mulher, se aproxima e toca o homem. Estas cenas logo geraram grande repercussão e muitos sinalizaram que se trataria de um crime por expor a criança a tal situação, além de incitação à pedofilia.
Diante disso, o MAM publicou uma nota afirmando que havia sinalização sobre a nudez na sala onde aconteceu a performance e que a menina estava acompanhada pela mãe. Por sua vez, o Ministério Público de São Paulo anunciou na segunda-feira que abrirá um inquérito civil para verificar a aplicação da classificação indicativa e investigar como foi feito a captação de imagens no ambiente.
Casos como este, segundo denunciou Dom Henrique Soares, refletem a “descristianização da sociedade”. “Boa parte da sociedade já não considera mais Cristo, já não considera que o homem vive diante de Deus. Isso é péssimo, porque quando o homem é sua própria medida, então, tudo é permitido, ele não tem mais critérios absolutos”, afirmou.
Além disso, há um segundo problema que é “uma onda forte de cristofobia, um ódio a Cristo e à Igreja, sobretudo à Igreja Católica”.
“Surge também – indicou o Prelado – a militância da ideologia de gênero, da cultura gay, duas atitudes reprováveis”.
Ressaltando que não se referia às pessoas homossexuais, o Bispo de Palmares assinalou que “é a cultura gay, é a militância gay como ideologia, que quer desconstruir os valores da nossa sociedade”, assim, há “a tentativa de destruir o conceito de família, com coisas até aberrantes”.
Nesse sentido, falou concretamente sobre o caso de ‘Queermuseu’, que “é sacrilégio, é vilipêndio”, por desrespeitar “símbolos de uma religião”, o que “é crime no Brasil e poderia ser punido penalmente”.
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Sobre o caso de ‘La Bête’, assinalou que “ali é uma incitação à pedofilia, isso é reprovável, isso é uma amoralidade”. “Uma sociedade sadia não pode aturar, não pode suportar em silêncio”, declarou.
Dom Henrique reforçou que não se trata de arte, pois “a arte não é uma realidade absoluta”. “Se eu fizesse um show matando uma pessoa, isso é arte?”, indagou.
“A arte é arte seguindo alguns critérios. Existem cânones para arte, existe a beleza, que nasce de uma harmonia intrínseca nas coisas, a construção do bem, do diálogo, do belo, da humanização”, acrescentou.
“Não é qualquer porcaria – me desculpe a expressão –, não é qualquer comportamento pervertido e perversor que se pode chamar de arte”.
Diante de fatos como esses, o Bispo expressou que “se salva essa sociedade com famílias que tenham valores, que eduquem seus filhos com valores, e valores cristãos, porque o cristianismo é a base cultural da nossa sociedade”.
Assim, parabenizou as pessoas que, “em nome do bom senso, daquelas coisas que são primárias do senso moral, de decência, de dignidade, gritam contra essas perversões, essas anomalias”.
“Eu fico preocupado sobre o futuro da nossa sociedade, sobre o futuro do Brasil. É o preço de uma sociedade que vira as costas para Deus”, lamentou.
Por isso, exortou todos a estarem atentos e não permitirem que casos como estes se repitam, manifestando-se nas redes sociais, mobilizando-se, acionando a Justiça. “Nós não aceitaremos agressões à cultura e à fé cristã”, concluiu.
Confira também:
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— ACI Digital (@acidigital) 11 de setembro de 2017