MADRI, 21 de jun de 2005 às 14:09
O Arcebispo de Toledo, Dom Antonio Cañizares Llovera, considerou que “se se definir, como vai se definir, no Código Civil o matrimônio como uniões estáveis entre pessoas, pode dar lugar à união entre um pai e um filho ou filha e também pode dar uma união a três ou a quatro”.
Em roda de imprensa realizada em Toledo, o vice-presidente da Conferência Episcopal, lamentou que de ser aprovada a equiparação das uniões homossexuais ao matrimônio, Espanha será “o único país no mundo, não que aprova as uniões entre homossexuais, mas sim, que chama matrimônio àquilo que não é matrimônio”.
Isso, precisou, “desfigura a natureza própria do matrimônio e isso realmente é muito grave e de conseqüências incalculáveis para o futuro da sociedade”.
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Na sua intervenção, o Primado da Igreja na Espanha reiterou não ir contra os homossexuais, mas sim, a favor do matrimônio, da família e da verdade, porque “o matrimônio só pode ser a comunhão de vida e amor entre um homem e uma mulher estável aberta à vida”.
Por outro lado, considerou uma “adulação” que alguns o identifiquem como “conservador”, porque “se do que me acusam é de ser fiel ao Evangelho, à doutrina da Igreja, a anunciar o Evangelho com liberdade, sem condicionamentos de outro tipo, é um trabalho de todos os bispos e, portanto, me adulam quando dizem isso embora pretendam me insultar ou me desqualificar”.
“O único julgamento que me importa, disse Dom Cañizares Llovera, é o julgamento de Deus, que é verdadeiro, justo e misericordioso e os julgamentos dos homens às vezes não têm esses três qualificativos ou, ao menos, carecem de algum deles”.