A obra mais famosa do artista italiano Leonardo Da Vinci é a “Monalisa”, mas o que poucas pessoas sabem é que ele pintou no mesmo período uma imagem de Jesus, intitulada “Salvator Mundi”, a qual foi recentemente apresentada como “a maior redescoberta artística do século XXI”.

A imagem tem 60 centímetros de altura e mostra Jesus vestido com um manto azul. Está segurando na sua mão esquerda uma bola de cristal, que simboliza o cosmos, e com a outra faz o gesto da bênção.

O Salvator Mundi de Leonardo Da Vinci

Acredita-se que a pintura “Salvator Mundi” estava perdida até que foi redescoberta em 2005.

É um dos 20 quadros de Da Vinci que são conservados atualmente e é o único que está nas mãos de um colecionador privado. Entretanto, será leiloado em 15 de novembro, em Nova York (Estados Unidos).

Através de um comunicado de imprensa, a casa de leilões Christie's anunciou que o preço estimado da obra, elaborada no início do século XVI, será de 100 milhões de dólares.

Loic Gouzer, presidente da seção Arte Contemporâneo e Pós-guerra de Christie's, explicou que “‘Salvator Mundi’ foi pintado na mesma época que a ‘Monalisa’ e ambos os quadros têm uma grande semelhança em sua composição”.

“Leonardo era uma incomparável força criativa e um mestre do enigmático. Ao ficar cara a cara com as suas pinturas, torna-se impossível para a mente decifrar ou compreender completamente o mistério que elas irradiam. ‘Monalisa’ e ‘Salvator Mundi’ são exemplos perfeitos disso”, manifestou.

“Ninguém será capaz de entender completamente a maravilha das pinturas de Leonardo, assim como ninguém será capaz de conhecer completamente as origens do universo”, comentou.

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Christie's indicou que a pintura estava na coleção do rei Carlos I, durante o século XVII, e que logo depois ficou com o seu filho, o monarca Carlos II. Em 1763, Charles Herbert Sheffield, filho do Duque de Buckingham, a leiloou depois da venda do Palácio de Buckingham ao Rei da Inglaterra.

Desde então, não souberam nada a respeito do paradeiro do quadro, até que em 1900 Sir Charles Robinson o comprou. Nesse então, não se sabia quem era o autor, nem que havia pertencido à realeza. Em 1958, “Salvator Mundi” foi vendido por 45 libras esterlinas (aproximadamente 60 dólares) e o paradeiro da obra permaneceu desconhecido, até que em 2005 foi vendido nos Estados Unidos como uma cópia da obra.

Robert Simon, doutor em História da Arte na Universidade de Columbia, realizou um estudo para verificar se Da Vinci era o autor e em 2011 foi revelado ao público na exposição “Leonardo Da Vinci: Pintor no Tribunal de Milão”, na Galeria Nacional de Londres.

Alan Wintermute, especialista em pinturas da casa de leilões Christie's, afirmou que “‘Salvator Mundi’ é o Santo Graal das antigas obras-primas. Existe há muito tempo e foi muito procurada, até agora somente parecia um sonho tentador, impossível de ser alcançado”.

“É difícil expressar o quanto nos emocionamos, os que estávamos envolvidos diretamente em sua venda. A palavra ‘obra-prima’ apenas começa a transmitir a raridade, a importância e a beleza sublime da pintura de Leonardo”, expressou.

Christie's descreveu a obra como “a maior redescoberta artística do século XXI" e, antes de ser leiloada no próximo dia 15 de novembro no Rockefeller Center, será exibida em Hong Kong, São Francisco, Londres e Nova York.

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