Frente à justificação da “santidade de imagem” dos hipócritas, o Papa Francisco propôs a justificação trazida por Jesus, que faz com que “Deus nos perdoe”.

Esta justificação de Jesus exige obras, porque “as nossas obras são a resposta ao amor gratuito de Deus, que nos justificou e que nos perdoa sempre. E a nossa santidade é justamente receber sempre este perdão”.

“É o Senhor, Ele nos perdoou o pecado original e nos perdoa todas as vezes que O procuramos. Nós não podemos perdoar os nossos pecados com as nossas obras, somente Ele perdoa. Nós podemos responder com as nossas obras a este perdão”, explicou o Santo Padre.

O Papa se referiu ao Evangelho do dia, de São Lucas, para citar “outro modo de buscar a justificação”, muito diferente do que Jesus explicou, propondo-nos a imagem “dos que se creem justos pelas aparências”, que “sabem fazer cara de santo, como se fossem santos”.

Francisco se referiu a eles como “hipócritas, em cujo interior tudo está tudo sujo, mas externamente querem parecer justos e bons, mostrando que jejuam, rezam ou dão esmola. Mas dentro do coração não têm nada, não têm substância”.

Esses hipócritas “maquiam a alma, vivem de maquiagem, a santidade é uma maquiagem para eles. Jesus sempre nos pede para sermos verdadeiros, mas verdadeiros dentro do coração. Por isso dá este conselho: quando rezar, reze escondido; quando jejuar, aí sim, maquie-se um pouco, para que ninguém veja no rosto a fraqueza do jejum; e quando der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que faz a direita, faça escondido”.

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“Jesus nos pede coerência de vida – sublinhou o Pontífice –, coerência entre aquilo que fazemos e aquilo que vivemos dentro. A falsidade faz muito mal, a hipocrisia faz muito mal, é um modo de viver”.

O Papa concluiu a sua homilia pedindo “a verdade sempre diante do Senhor, sempre. E esta verdade diante de Deus é aquela que abre o caminho para que o Senhor nos perdoe”.

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