Roma, 20 de out de 2017 às 09:56
Na quarta-feira, 18 de outubro, Arthur Tetto Lader, um menino brasileiro de dois anos que tem uma doença rara e degenerativa, teve a oportunidade de conhecer o Papa Francisco junto com seus os pais, no Vaticano.
A mãe de Arthur, Rafaela Tetto, disse ao Grupo ACI que a família está em Roma desde abril deste ano porque o Hospital Gemelli ofereceu tratamento médico para a criança que sofre de Atrofia Muscular Espinhal tipo 1.
Rafaela explicou que Arthur nasceu com esta doença e que “normalmente as crianças que sofrem de atrofia muscular não vivem mais de dois anos, porque é uma doença muito grave. Esta degenera até paralisar todos os músculos. Percebemos os sintomas quando ele tinha dois meses. Tinha problemas para mover as pernas e os braços, a situação foi piorando até não conseguia se esticar sozinho nem se alimentar”.
Indicou que conseguiram ver o Santo Padre graças à ajuda do Pe. Arnaldo Rodrigues, um sacerdote brasileiro que vive na Itália e que os apoia durante a sua permanência na cidade.
Rafaela descreveu que “foi um momento maravilhoso, sentimos uma paz enorme. O fato de que podemos conhecer o Papa é um sinal de que a nossa fé nos trouxe aqui”.
“Tudo aconteceu muito rápido. O Pe. Arnaldo lhe contou um pouco da história de Arthur, o Papa abençoou o nosso filho, beijou-o e entregamos a ele uma camisa da campanha que realizamos para poder pagar a estadia em Roma e uma parte do tratamento”, contou.
“Ele nos entregou um terço para cada um. Disse que rezaria por Arthur e eu tenho certeza de que essas orações se estendem a todas as crianças que estão lutando pela vida. Em seguida, dirigiu-se ao local da audiência”, continuou.
O encontro com o Papa foi importante porque “é muito difícil levar o Arthur à igreja com frequência, porque necessitamos de vários equipamentos. Então, ele tem que permanecer em casa. Nós também não vamos, pois devemos cuidar dele”.
“Por isso, o momento com o Papa foi tão importante para nós, porque, além de receber a sua bênção, sentimos novamente a emoção de poder estar mais em contato com Deus”, manifestou.
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Campanha de ajuda
Rafaela assinalou que ela e o seu esposo Robson não estão trabalhando na Itália, pois precisam cuidar de Arthur. Os três podem residir no país porque ela e a criança têm nacionalidade italiana.
Para pagar as despesas da sua estadia, lançaram uma campanha de arrecadação de fundos no Facebook. “Enviam-nos ajuda do Brasil e daqui para sobreviver”, indicou.
“O hospital nos oferece os remédios gratuitamente. Nós pagamos para que eles os apliquem. Os remédios custariam 750 mil dólares durante o primeiro ano de tratamento. Nós não poderíamos pagar”, acrescentou.
Rafaela comentou: “Recebemos grandes bênçãos porque a saúde do Arthur melhorou muito com o tratamento e tenho certeza de que com as orações e a bênção do Papa progredirá no processo de recuperação”.
Atualmente, a criança já consegue mover as pernas e, pouco a pouco, as mãos e a cabeça.
“Nós não sabemos o quanto o remédio poderá ajudar o Arthur. Temos fé e acreditamos que melhorará. Sabemos que uma criança que teve a mesma doença, nos Estados Unidos, começou a tomar esse remédio desde pequena e agora já consegue andar”, afirmou a mãe.
Em seguida, disse que ainda não sabem quando voltarão para o Brasil, porque precisam esperar os resultados do tratamento.
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— ACI Digital (@acidigital) 11 de agosto de 2017