FATIMA, 23 de out de 2017 às 12:30
O Santuário de Fátima, em Portugal, acolheu no último fim de semana uma relíquia de São João Paulo II, por ocasião de sua memória litúrgica celebrada no domingo, e no marco do ano do centenário das aparições na Cova da Iria, sublinhando a profunda ligação com o Papa polonês.
A relíquia é um pedaço de tecido da batina ensanguentada, usada por João Paulo II no momento do atentado que o atingiu em 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro. Chegou ao Santuário de Fátima no sábado, 21 de outubro, cedida pela Postulação da Causa de Canonização do Papa polaco.
“Esta relíquia simboliza a condição da igreja no mundo, sempre sujeita à provação e ao martírio”, disse Pe. José Nuno Silva, capelão do Santuário de Fátima, que presidiu a celebração que acolheu a relíquia na Capela da Ressurreição de Jesus, onde ficou exposta para veneração.
Durante esta celebração, foi lida a terceira parte do segredo, a partir das memórias da Irmã Lúcia. Além disso, refletiu-se sobre o significado de uma relíquia que é sangue e rezou-se a oração que o próprio Papa São João Paulo II rezou em Fátima, em maio de 1982, quando visitou pela primeira vez o Santuário e consagrou a humanidade ao Imaculado Coração de Maria.
No domingo, 22 de outubro, foi celebrada Missa votiva na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, onde estiveram presentes alguns dos acólitos que serviram o altar quando João Paulo II visitou Fátima em 1982, 1991 e 2000.
A Santa Missa foi presidida pelo Bispo de Caicó (RN), no Brasil, Dom Antônio Carlos Cruz. Durante a celebração, o capelão do Santuário, Pe. Sérgio Henriques lembrou a “dimensão especial” de acolher a relíquia, fazendo uma ligação ao “dom que este Papa foi para a história e para o mundo”.
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“Recordando as suas três visitas a Fátima, louvamos o Senhor pelo seu ministério”, acrescentou.
O sacerdote também refletiu sobre o Evangelho do dia, no qual Jesus afirma: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Pe. Henriques afirmou que “o Senhor nos convida a respeitar as estruturas da sociedade em que vivemos”, o que significa que “tudo o que é humano e legítimo deve ser apreciado e respeitado pelos cristãos”.
“A ciência, a tecnologia, os ‘grandiosos’ do mundo não são Deus. Só Deus é Deus”, expressou.
De acordo com o capelão, todo ser humano deve “participar na vida da humanidade, ser homem entre os homens, apreciar a beleza do mundo”, pois é possível “conciliar a prática política com o evangelho, como nos disse São João Paulo II”.
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— ACI Digital (@acidigital) 13 de maio de 2017