CARACAS, 31 de out de 2017 às 16:00
A Catedral de Maracaibo, na Venezuela, está sem eletricidade desde o dia 11 de outubro, depois que algumas pessoas roubaram o cabo e o transformador, obrigando-os a celebrar as Missas as limitações que isto causou e “de manhã bem cedo, porque à noite fica difícil enxergar”, assinalou o Pe. Silverio Osorio, vigário paroquial da catedral.
Em declarações ao Grupo ACI, o sacerdote informou que o assalto ocorreu na madrugada do dia 11 de outubro. Segundo alguns vizinhos, o roubo foi perpetrado por quatro pessoas, entre elas uma morreu eletrocutada e outra morreu no hospital.
“Uma pessoa foi eletrocutada, outra morreu no hospital. Desde então, a Catedral de Maracaibo, a Prefeitura e uma ou duas famílias estão sem eletricidade”, assinalou.
Disseram que junto com o pároco, Mons. Jesus Quinteros, se aproximaram da “empresa de eletricidade para ver o que eles iam fazer com isso e nos disseram que tinha que esperar, que já estavam procurando o transformador”. Entretanto, o templo ainda continua dependendo da luz natural para não ficar na escuridão.
Na segunda-feira, “às 14h30, me ligaram de Caracas perguntando se era verdade que estávamos sem eletricidade” e indicaram que tentariam conseguir o transformador.
Com isso, o Pe. Osorio disse que “estamos celebrando as Missas sem eletricidade porque não podemos ignorar. Mas, devem ser celebradas de manhã bem cedo, porque à noite fica difícil enxergar”.
O sacerdote explicou que a igreja está localizada a poucos metros da prefeitura, do Palácio do Governo e de uma entidade do Banco Central da República. “Há muitas entidades governamentais em torno a Catedral de Maracaibo”, assinalou.
“Isso acontece perto do Palácio do Governo, o lugar onde roubaram o transformador está a 15 metros do palácio legislativo e ao lado do palácio legislativo está o Palácio do Governo. Então, esta situação é bastante dramática”, indicou.
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Nesse sentido, disse que “as pessoas têm muito medo de chegar à Catedral. Eu tento fazer uma campanha chamando-os, mas depois das 16h, este lugar fica muito deserto e há pouca vigilância policial, ou quando há polícias, estão apenas no governo ou no gabinete do prefeito cuidando desse local. A insegurança predomina em toda a cidade de Maracaibo e em todo o país”.
Sobre as autoridades que demoraram a instalar um novo transformador, o vigário paroquial disse que “talvez estejam prestando atenção em outras coisas ou talvez estejam fechando os olhos para esta realidade”.
Indicou que a demora pode ser “consequência da crise” econômica que a Venezuela enfrenta, porque “anteriormente isso mudaria muito rápido. Acho que eles não têm transformadores de reserva”.
“De qualquer maneira, hoje conseguimos nos comunicar com alguém do governo e, possivelmente, amanhã à tarde, teremos uma reunião com a governadora interina (do estado de Zulia, Magdely Valbuena) para falar sobre este caso. Estamos fazendo o possível para fazer a gestão para que possamos nos reunir com ela e ver o que pode ser feito. É necessário comprar outro equipamento, nós cuidaremos disso, vemos como conseguir o transformador, mas que nos digam algo”, assinalou.
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— ACI Digital (@acidigital) 27 de junho de 2017