MADRI, 22 de jun de 2005 às 19:06
Membros das associações, que convocaram a histórica manifestação a favor da família e contra a tentativa de legalizar o “matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo, deram a conhecer as “falsidades” que o Governo e coletivos homossexuais difundiram para desvirtuar o sucesso da marcha que encheu as ruas de Madri no último sábado.
Segundo o jornal La Razón, entre os comentários que suscitou a polêmica sobre a manifestação, informam os organizadores, “difundiram-se até 10 falsidades sobre o 18-J” que vão desde a manipulação de cifras até a tergiversação de feitos e declarações.
Para os organizadores, a primeira falsidade difundida é que “a manifestação foi convocada pelo Partido Popular (PP) e a Igreja”. O artigo desmente isto esclarecendo que “o PP e a Conferência Episcopal secundaram a convocatória realizada pelo Foro Espanhol da Família e a plataforma Hazteoir.org, mas não a convocaram” e que, portanto “os bispos que foram à marcha o fizeram a título pessoal, igual aos sacerdotes e religiosas que participaram dela”.
Em relação à cifra de 166 mil assistentes difundida pela Delegação de Governo de Madri, esta “marca menos de uma pessoa por metro quadrado”, denuncia HarteOir.org
Para os organizadores, outra mentira com que se tratou de desanimar a participação é que “o 18-J era um ato contra os homossexuais e contra Zapatero”. Entretanto, tal e como se destacou desde o início, com a marcha “só se pretendia realizar uma defesa do matrimônio ante sua equiparação com as uniões de pessoas do mesmo sexo, assim como defender o direito dos menores a ser adotados por um pai e uma mãe”.
Outra mentira, sustenta o jornal, é que “as reivindicações do 18-J pretendem privar de seus direitos aos homossexuais”. Como réplica, La Razón esclareceu que “a manifestação só exigia que não se desfigurassem os direitos da família”.
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Ataques homófobos?
Segundo membros do coletivo homossexual, na manifestação haveria cartazes e ataques homófobos”. Entretanto, isto não aconteceu pois “no contexto festivo e pacífico da manifestação não se deu nenhum tipo de agressão verbal ou física contra os homossexuais”.
além de negar que seja verdade que esta lei só “amplia o direito a casar-se daqueles que não o tinham”, conforme afirmou o Governo, pois em realidade também “lhes outorga a possibilidade de adotar meninos e equipara estas uniões ao matrimônio entre homem e mulher”, o jornal negou que com esta reforma “a Espanha fica ao nível europeu” pois “dentre os países que permitem este tipo de uniões não se dá nenhum caso em que, simultaneamente, denominem-se matrimônio e seja possível adotar meninos”.
Argumentando “mais de 200 estudos” que desaconselham a adoção de menores por casais homossexuais, o artigo desmascara a falsidade dos que afirmam que “a adoção de meninos por casais gays é inócuo para o menor”.
Tampouco é verdade que “a maioria da população apóia os matrimônios gays”, pois o dados oficiais “sobre o respaldo popular às uniões entre homossexuais ficam gravemente danificados depois da multitudinária participação na marcha”.
Finalmente, sobre o suposto respeito por parte do Governo à marcha, o jornal recordou que “centenas de participantes denunciaram que a Guarda Civil reteve vários ônibus que levavam lemas pró-família por considerá-los 'suspeitos'”.