VATICANO, 5 de nov de 2017 às 11:00
No Ângelus deste domingo, o Papa Francisco explicou que os cristãos estão chamados a servir e, portanto, não devem buscar os títulos de honra, nem os primeiros assentos, assim como rechaçar a tentação da aparência.
Deste modo, o Evangelho do dia conta “os últimos dias da vida de Jesus em Jerusalém; dias cheios de expectativas e tensões”, disse o Papa. “Jesus denuncia abertamente alguns comportamentos negativos dos escribas e dos fariseus”.
Francisco denunciou que "um defeito frequente das pessoas que têm autoridade, é exigir algumas coisas dos outros, muitas vezes são coisas justas, mas que eles não praticam em primeira pessoa".
“Esta atitude é um mau exercício da autoridade, que, em vez disso, deveria ter sua primeira força precisamente no bom exemplo”.
"A autoridade nasce do bom exemplo – continuou -, para ajudar os outros a praticarem o que é correto e apropriado, sustentando-os nas provas que se encontram no caminho do bem. A autoridade é uma ajuda, mas se for exercitada mal, torna-se opressiva, não deixa as pessoas crescerem e cria um clima de desconfiança e hostilidade”.
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O Pontífice também advertiu contra a "atitude de viver somente da aparência" e recordou que os cristãos não devem buscar títulos de honra, mas a humildade.
“Nós, discípulos de Jesus, não devemos buscar títulos de honra, de autoridade ou de supremacia. Eu digo a vocês que eu fico triste ver pessoas que psicologicamente vivem correndo atrás da vaidade das honras. Não devemos de modo algum fazer isso, pois entre nós deve existir uma atitude simples e fraterna. Somos todos irmãos e não devemos dominar os outros, olhá-los de cima para baixo”.
Enfim, “se nós recebemos qualidades do Pai Celeste, devemos colocá-las ao serviço dos irmãos e não se aproveitar delas para a nossa satisfação pessoal”.
“Não devemos nos considerar superiores aos outros; a modéstia é essencial para uma existência que deseja se conformar ao ensinamento de Jesus, que é gentil e humilde de coração. Ele veio não para ser servido, mas para servir”.