MADRI, 22 de jun de 2005 às 19:19
Após um acalorado e disputado debate, o pleno do Senado vetou o projeto de lei para equiparar as uniões homossexuais ao matrimônio. Agora, os cidadãos exigem a retirada do projeto legislativo antes de seu retorno ao Congresso dos Deputados assim como a convocatória a um referendum.
A proposta de veto apresentada pelo Partido Popular (PP) e Unió (CiU) foi passada por 131 votos contra 119. Agora, o texto deveria retornar ao Congresso dos Deputados, onde o partido de governo conta com o respaldo majoritário, para sua votação o próximo 30 de junho.
O projeto de lei que também permitiria a adoção de menores por casais do mesmo sexo foi rejeitado por 126 votos do PP, quatro de Unió e um do Partido Aragonés (PAR). Por sua parte, 94 senadores do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), três do Grupo Misto, 15 da Entesa Catalã do Progrès, cinco do Partido Nacionalista Basco (PNV) e duas de Coalizão Canaria rechaçaram o veto interposto à iniciativa governamental. Dois senadores do CiU se abstiveram.
Enquanto se produzia a votação, tanto membros do Foro Espanhol da Família (FEF) como representantes do coletivo homossexual se congregaram às portas do Senado. No interior, deputados do PSOE exibiram bandeiras do arcoiris.
Exigem referendum
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Diante do rechaço do projeto de lei no Senado, a plataforma cidadã independente Hazteoir.org exigiu que além de retirar o projeto legislativo antes de sua votação na Câmara Baixa, se convoque a um referendum.
Depois de considerar que “o resultado não é mais que uma amostra patente da quebra que existe em nossa sociedade” sobre este assunto, Hazteoir.org exigiu ao Governo “que atue com sensatez e retire o texto antes de sua votação no Congresso, no dia 30” além da convocatória de um referendum, “para que os espanhóis nos possamos pronunciar sobre esta questão que tanto divide à sociedade e a nossos representantes”.
“Passar esta lei sem consenso seria uma nova amostra da falta de vontade do Executivo de escutar a numerosos setores e de impor seus projetos sem nenhum diálogo com a sociedade. Exigimos a Zapatero a retirada imediata do projeto de lei do Parlamento” assinalou Ignacio Arsuaga, presidente da plataforma que participou ativamente na bem-sucedida manifestação pró família na sábado passado em Madri.