Bridget Brown é uma atriz norte-americana que tem Síndrome de Down e que, em 21 de outubro, teve a oportunidade de conhecer o Papa Francisco no Vaticano. Entregou-lhe uma carta na qual afirma ter “uma vida plena e maravilhosa”.

A jovem de 32 anos participou de filmes como LOL, protagonizado pela cantora Miley Cirus; na comédia Wiener-Dog e na série Chicago Justice.

No texto que entregou ao Santo Padre, Brown destaca: “O mundo precisa saber que não ‘sofro’ de Síndrome de Down. Tenho uma vida plena e maravilhosa e estou cheia de alegria por estar viva. Eu amo a minha vida”.

Também escreveu que sente uma profunda dor em pensar que pode fazer parte da última geração de pessoas com Síndrome de Down, pois com o aumento dos exames pré-natais na Europa e nos Estados Unidos, aumentou o número de abortos desses bebês.

Em sua mensagem ao Santo Padre, Brown manifestou que mantém a esperança e reza por aqueles que pensam que as pessoas com deficiência não têm direito de viver. “Acredito que todas as pessoas têm uma dignidade sagrada. Conheço muitas pessoas que têm deficiência e podem ter uma vida plena e produtiva, como eu”, expressou.

Diante do extermínio desses bebês, Brown lamentou em sua carta que “o mundo nunca mais se beneficiará dos nossos dons”.

Um relatório divulgado pela rede CBS revelou que a Islândia é um dos países onde cerca de 100% das mulheres que recebem a notícia de que estão grávidas de um bebê com Síndrome de Down decidem abortá-lo.

A atriz também disse que as pessoas com deficiência são as primeiras a serem assassinadas em genocídios, como o que foi perpetrado pelos nazistas. “Eu acho que estamos fazendo o mesmo com as crianças com deficiência em nosso país”, os Estados Unidos, advertiu.

Brown conheceu o Papa Francisco no evento ‘Catequese e Pessoas com Deficiência: Um Compromisso Necessário na Vida Pastoral Diária da Igreja’, realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, patrocinado pela Santa Sé.

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Em declarações à CNA – agência em inglês do Grupo ACI –, Brown disse que é uma pessoa que “defende os seus direitos” e uma “defensora da inclusão” das pessoas com deficiência, especialmente em Illinois, estado onde nasceu.

A jovem disse que nunca se deve ignorar o direito à vida das pessoas com deficiência e recordou que “Deus disse que temos um propósito, independentemente de quem somos. Não é um direito excluir ou matar alguma pessoa, porque fazemos parte da raça humana”.

Nesse sentido, recordou as palavras de Meister Eckhart, teólogo dominicano da Idade Média: “Se a única oração que você faz em toda a sua vida é obrigada, será suficiente”.

Também explicou à CNA que o objetivo de participar do evento ‘Catequese e Pessoas com Deficiência: Um Compromisso Necessário na Vida Pastoral Diária da Igreja’ foi ajudar a promover “a inclusão das pessoas com deficiência na Igreja”.

Brown expressou o seu desejo de que os participantes compreendam que “as pessoas com deficiência têm um propósito” e que podem “se divertir e viver uma vida plena e emocionante”.

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