Cidade na Espanha fica sem religiosas de clausura após 700 anos

MADRI, 8 de nov de 2017 às 13:30

Pela primeira vez, depois de 700 anos, não há religiosas de clausura na cidade de Pontevedra (Espanha).

As duas últimas religiosas que viviam no convento de Santa Clara de Pontevedra eram a Irmã Sagrario e a Irmã Purificación, ambas com aproximadamente 80 anos, e deixaram a cidade em 25 de setembro deste ano para se unir-se à comunidade das Clarissas, em Santiago de Compostela (Espanha).

Frei José González, Delegado da Vida Consagrada da Arquidiocese de Santiago de Compostela, à qual pertence a cidade de Pontevedra, declarou ao Grupo ACI que “há cinco anos viviam tão poucas religiosas neste convento que não tinham uma superiora, por isso, dependiam totalmente da comunidade de Santiago de Compostela, à qual se uniu agora”.

“As Irmãs do convento de Santiago de Compostela visitavam Pontevedra frequentemente para acompanhar essas duas religiosas, para cuidar delas e acompanhá-las na vida comunitária”, assegurou o Delegado da Vida Consagrada.

Nesse sentido, Frei José González afirmou que “é uma pena” que as religiosas de clausura já não possam permanecer em Pontevedra depois de 700 anos.

Segundo pontuou, a reestruturação de comunidades e conventos é algo que “acontece com muitas congregações religiosas”, devido à falta de novas vocações.

“Do ponto de vista humano, não há perspectivas de que essa tendência possa mudar, por isso, é melhor que se reorganizem da maneira mais útil, especialmente para as religiosas idosas, para que elas possam viver da melhor maneira a sua vida comunitária”, afirmou o Delegado da Vida Consagrada da Arquidiocese de Santiago de Compostela ao Grupo ACI.

Na Arquidiocese de Santiago de Compostela (Espanha) há cerca de 120 religiosas de clausura que vivem em 13 conventos.

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— ACI Digital (@acidigital) 7 de novembro de 2017