Ludovine de la Rochère, presidente do movimento pró-família ‘La Manif Pour Tous’, explicou que a homofobia é um pretexto “para impor as reivindicações do movimento LGBT” que se aproveitam de uma falsa “igualdade e luta pelos direitos para prejudicar o significado do matrimônio e da família”.

‘La Manif Pour Tous’ (A Marcha para todos) nasceu na França em 2013 para manifestar-se contra os projetos que defendiam as uniões homossexuais e a adoção no período do presidente François Hollande.

O movimento que denuncia todas as formas de discriminação a pessoas homossexuais, mas ao mesmo tempo defende a família e o matrimônio entre um homem e uma mulher, continua somando milhões de adeptos e se tornou uma força capaz de enfrentar o governo atual.

Em diálogos com o Grupo ACI, De la Rochère disse que na América do Sul e no mundo se vive a “desconstrução da família”, através da pornografia, do individualismo e do “feminismo radicalizado que apresenta a mulher como uma vítima e o homem como um carrasco”.

Isso “leva a relações violentas e competitivas entre o homem e a mulher”, inclusive se “considera a família como um lugar de desigualdade, que mata a liberdade, que oprime a mulher”.

“As pessoas pensam que para ser livre devem viver sem determinismos, sem estereótipos, é necessário transformar completamente a família”, precisou.

De la Rochère explicou que outro ataque à família são as barrigas de aluguel, a inseminação artificial ou a adoção de menores pelos casais homossexuais.

“A criança que foi prejudicada e violada já está sofrendo pelo fato de não ter uma família. E o sonho desta criança é encontrar um lar com pai e mãe, um lugar que se pareça à família que deveria ter tido. Se for adotado por um casal homossexual, nós o convertemos pela segunda vez em órfão de pai ou de mãe”, explicou.

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De la Rochère advertiu que tudo isso criará um “trans-humanismo”, ou seja, “uma humanidade de homens e mulheres imortais, que sempre querem transformar e melhorar o humano, sair dos limites, construir a sua vida à vontade, inclusive considera que é necessário dar mais direitos aos animais e às máquinas”.

Nesse contexto, existem países como o Chile que ainda podem “comprometer-se na defesa da família, trabalhar em todas as áreas da sociedade e gerar campanhas de informação a respeito das necessidades da criança, da família, protegê-los e defendê-los, interessar-se pela pessoa e por toda a sociedade”.

De acordo com a experiência de ‘La Manif Pour Tous’, “o conceito de família não é antiquado, pelo contrário, é muito moderno. Não devemos ter medo, embora a pressão social seja imensa. Temos o dever de transmitir às gerações futuras, uma família intacta”.

De la Rochère visitou o Chile convidada por ‘Padres Objetores Chile’, uma organização civil dedicada à defesa da família e ao direito preferencial dos pais por educar os seus filhos, para participar como palestrante principal do “Primeiro Fórum Latino-Americano da Família” nos dias 10 e 11 de novembro.

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