Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um sacerdote católico celebrando um suposto casamento homossexual no início de novembro em Cancún, no México. Em um comunicado, a Igreja se pronunciou a respeito, esclarecendo que o ato carece de “toda validade canônica”.

O vídeo mostra dois homens, identificados pela imprensa local como José Manuel Moreno Bermúdez e Christopher Dante Rueda, participando da cerimônia, presidida pelo Pe. Pablo Pérez, junto com familiares e amigos.

Em um comunicado assinado em 10 de novembro, o Bispo Prelado de Cancún Chetumal, Dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, confirmou que Pérez Guajardo “é um sacerdote católico”, mas declarou que “não pertence a esta Prelatura por não estar incardinado a essa circunscrição eclesiástica e porque lhe negaram as licenças ministeriais”.

Dom Elizondo Cárdenas recordou que, “na Igreja Católica, todo sacerdotes deve estar incardinado a uma diocese ou a uma congregação religiosa e ter suas licenças ministeriais atualizadas para poder exercer o seu ministério sacerdotal”.

O Bispo recordou que Pérez Guajardo exerceu há muito tempo “seu ministério sacerdotal nesta Prelatura como sacerdote pertencente a uma Congregação Religiosa”, mas “pediu a sua incardinação à Diocese de Saltillo”.

Nessa diocese mexicana, explicou o Prelado de Cancún Chetumal, “depois de alguns meses de experiência, não foi definitivamente aceito”.

Ao regresso de Pérez Guajardo a Cancún, “não lhe concederam as licenças ministeriais” nem “a incardinação que repetidamente solicitou”.

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Na situação na qual o sacerdote está, explicou, “não está autorizado a realizar nenhum rito sacramental católico válido”.

Dom Elizondo Cárdenas acrescentou que a Prelatura de Cancún Chetumal “não pode autorizar, de jeito nenhum, cerimônias que não estão em conformidade com as normas e a disciplina da Igreja”.

“Por este motivo, desconhece qualquer tipo de culto público exercido em circunstâncias irregulares”.

Além disso, o Bispo assinalou que “as ações litúrgicas realizadas pelo Pe. Pablo Pérez, que contradizem a doutrina e as normas da Igreja, carecem de validade canônica”.

O Prelado acrescentou que “foi iniciado um processo canônico de investigação a respeito da natureza de uma celebração irregular realizada neste território pelo Pe. Pablo Pérez em 4 de novembro de 2017”.

“Do mesmo modo, esta investigação será ampliada em relação ao seu estatuto canônico e a sua conduta clerical”, concluiu.

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