REDAÇÃO CENTRAL, 17 de nov de 2017 às 13:30
“Salvator Mundi”, a imagem de Jesus pintada pelo artista italiano Leonardo Da Vinci no início do século XVI, se tornou a obra de arte mais cara do mundo depois de ser leiloada por mais de 450 milhões de dólares.
“Salvator Mundi” de Leonardo Da Vinci
O quadro foi vendido para um proprietário cuja identidade é desconhecida, em 15 de novembro, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, pela casa de leilões Christie’s.
Em um comunicado, Christie's indicou que “Salvator Mundi” é um dos 20 quadros de Da Vinci conservados atualmente e o único que está nas mãos de um colecionador privado.
A pintura tem 45,5 x 66 centímetros e mostra Jesus vestido com uma túnica azul. Christie's indicou que aproximadamente mil pessoas participaram do leilão, entre elas, colecionadores de arte, assessores e jornalistas.
Destacam que antes de vendê-lo, foi exibido em outubro e novembro em Hong Kong, Londres, São Francisco e Nova York e foi visto por cerca de 30 mil pessoas. Além disso, destacaram que na turnê “foi a primeira vez que essa pintura foi mostrada ao público na Ásia e na América”.
A BBC informou que o leilão começou com um valor de 100 milhões de dólares. Tim Hunter, especialista em obras de arte antigas do século XIX, disse à BBC que suspeita que o comprador foi um magnata asiático ou o novo museu Louvre em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, inaugurado em 8 de novembro.
Além disso, a BBC assinalou que as outras pinturas mais caras do mundo são “Intercambio”, do pintor holandês Willem de Kooning, e “Nafea Faa Ipoipo (Quando você se casará?)”, do artista francês Paul Gauguin. Estes quadros foram vendidos, respectivamente, em 2016 e em 2015 por aproximadamente 300 milhões de dólares.
A história de Salvator Mundi
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
No comunicado de imprensa no qual Christie's anunciou o leilão do quadro, Loic Gouzer, presidente da seção Arte Contemporânea e Pós-guerra da instituição, explicou que “‘Salvator Mundi’ foi pintado na mesma época que a ‘Monalisa’ e ambos os quadros têm uma grande semelhança em sua composição”.
Christie's indicou que a pintura estava na coleção do rei Carlos I, durante o século XVII, e que logo depois ficou com o seu filho, o monarca Carlos II. Em 1763, Charles Herbert Sheffield, filho do Duque de Buckingham, a leiloou depois da venda do Palácio de Buckingham ao Rei da Inglaterra.
Desde então, não souberam nada a respeito do paradeiro do quadro, até que em 1900 foi comprado por Sir Charles Robinson. Nesse então, não se sabia quem era o autor nem que havia pertencido à realeza.
Em 1958, “Salvator Mundi” foi vendido por 45 libras esterlinas (aproximadamente 60 dólares) e o paradeiro da obra permaneceu desconhecido, até que em 2005 foi vendido nos Estados Unidos como uma cópia da obra.
Robert Simon, doutor em História da Arte na Universidade de Columbia, realizou um estudo para verificar se Da Vinci era o autor e em 2011 foi revelado ao público na exposição “Leonardo Da Vinci: Pintor no Tribunal de Milão”, na Galeria Nacional de Londres.
Antes de ser leiloada, em 15 de novembro, a pintura do “Salvator Mundi” estava nas mãos do empresário russo Dmitry Rybolovlev, que a adquiriu por mais de 127 milhões de dólares em uma venda privada em 2013.
Christie's destacou que esta obra é “a maior redescoberta artística do século XXI”.
Confira também:
FOTOS: Pintor promove a arte sacra e surpreende o Papa Francisco https://t.co/3rM7uk8m6e
— ACI Digital (@acidigital) 14 de abril de 2017