MADRI, 28 de jun de 2004 às 15:02
A Organização independente "Profissionais pela Ética" fez chegar este semana a todos os deputados do Congresso espanhol a declaração intitulada "As crianças têm direitos", que se opõe à adoção de crianças por casais de homossexuais.
O pronunciamento, assinado por meio milhar de profissionais espanhóis vinculados ao desenvolvimento, crescimento e direitos das crianças (médicos de família, psiquiatras, neurólogistas, psicólogos, advogados, professores, educadores, trabalhadores sociais), explica com precisão as razões pedagógicas, psicológicas e éticas pelas quais seria fatal para as crianças serem adotadas por casais do mesmo sexo.
O texto, que ainda recebe apoio em www.profesionalesetica.com, , indica entre outras coisas que "nossa experiência profissional nos demonstra que as crianças, a partir dos primeiros meses de vida, elaboram a figura do pai e da mãe independentemente de que conheçam ou não seus pais biológicos. Assim, a figura masculina com a que têm mais relação constitui sua referência de pai, enquanto que a mulher que está mais perto da criança, a seus olhos, é a figura da mãe”.
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"O rechaço ou a prevenção a respeito da adoção de crianças por casais de homossexuais –acrescenta o texto- foi expressado por juristas, médicos, psiquiatras e personalidades públicas. Assim fizeram muitos membros qualificados da Associação Espanhola de Pediatria, o primeiro ministro da Austrália, John Howard, e líderes socialistas como Juan Carlos Rodríguez Ibarra e Lionel Jospin. Por sua vez, a sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (26-2-2002) deu razão à Administração francesa quando esta negou a adoção ao homossexual Philippe Fretté".
O pronunciamento distribuído entre os deputados espanhóis lembra que "não existe o direito do adulto a ter um filho nem por filiação natural nem por filiação adotiva"; enquanto as crianças possuem o direito "a crescer nas mesmas condições e com iguais oportunidades que o resto de seus companheiros que têm um pai e uma mãe".