Roma, 24 de nov de 2017 às 20:00
O diretor de uma escola italiana, frequentada por crianças entre 3 e 10 anos, na cidade de Palermo, no sul do país, proibiu os professores de rezarem com as crianças antes de começar as aulas e antes de merendar diariamente.
Segundo informações da agência italiana Ansa, Nicoló La Rocca, diretor do colégio estadual e comunitário Ragusa Moleti, divulgou a medida em um comunicado na quinta-feira, 23 de novembro, algo que surpreendeu as crianças e os seus pais.
O texto indica que “em nosso colégio alguns professores costumam rezar junto com as crianças antes de começar as aulas ou cantam para abençoar a merenda antes de comer”.
Do mesmo modo, La Rocca afirma que tomou a decisão de proibir as orações devido a uma norma estatal de 8 de janeiro de 2009, que diz que se deve "excluir a celebração de atos de culto, ritos ou celebrações religiosas na escola durante o horário escolar".
O diretor do colégio também ordenou a retirada de várias imagens religiosas da Virgem Maria, de São João Paulo II e do Papa Francisco.
O comunicado do diretor, que está neste cargo desde setembro, esta medida ocorreu devido à reclamação de alguns pais "leigos" ou "ateus", segundo divulgou o meio Seccolo d'Italia.
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No site leggo.it, uma menina que frequenta a escola reclamou desta medida com o seu pai: "Hoje a professora não rezou conosco a oraçãozinha antes de merendar", enquanto outro menino de 10 anos contou para a sua mãe que "hoje a professora de religião nos disse que não podemos rezar".
Em declarações ao jornal La Repubblica, alguns pais indicaram que não levarão os seus filhos à escola enquanto não retirarem a medida e denunciaram que La Rocca não quis falar com eles a respeito.
Em relação ao que o diretor disse dos atos de culto, o jornal Avvenire dos bispos italianos questiona: "agora é necessário avaliar se uma simples canção faz parte desta categoria".
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— ACI Digital (@acidigital) 24 de março de 2015