O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Greg Burke, deu uma coletiva de imprensa em Mianmar na qual destacou os primeiros dias da visita do Papa Francisco a este país, também conhecido como Birmânia e afirmou que a mesma foi uma ocasião histórica.

Em sua avaliação, Greg Burke assinalou que “esta viagem pode ser descrita com uma palavra: Unidade. Unidade na diversidade, como o Papa comentou ontem em seu diálogo com o grupo de líderes religiosos. Unidade no sentido de uma pequena Igreja que trabalha com os outros pelo bem do país, como ouvimos na Missa e no encontro com os Bispos”.

O porta-voz do Vaticano disse que “hoje foi um dia muito importante para a Igreja em Mianmar, eu diria que foi um dia histórico". É necessário recordar que, no momento desta declaração, o Papa Francisco havia tido, após a celebração da Missa, um encontro com os líderes budistas do país e, em seguida, com os bispos católicos de Mianmar.

Essa unidade mencionada por Burke, também se expressa, como o Pontífice indicou em seu encontro com líderes budistas, "trabalhando juntos pela paz e pelo respeito aos direitos humanos".

Essas palavras foram ditas no contexto do respeito pelas minorias do país. Perguntado por um jornalista presente na sala de imprensa, especificamente sobre a situação dos chamados "rohingya", muçulmanos birmaneses perseguidos pelas autoridades e obrigados a buscar refúgio em Bangladesh, país vizinho, o porta-voz do Vaticano assinalou: “o fato de que o Papa esteja aqui e chame a atenção sobre o país já é em si mesmo algo muito positivo”.

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Burke disse ainda que a viagem a Mianmar não foi como a visita a Lesbos, cujo tema era propriamente a situação dos refugiados. Segundo ele, o Papa veio ao país asiático para “construir pontes”.

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