O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, defendeu o direito à objeção de consciência dos profissionais da área da saúde ante a nova lei conhecida como “testamento vital”, aprovada na Itália em 14 de dezembro e que, segundo os críticos, é um caminho para a despenalização da eutanásia no país europeu.

O Senado da Itália aprovou a lei no último dia 14 de dezembro por 180 votos a favor, 71 contra e 6 abstenções.

O regulamento permitirá aos enfermos dispor de um testamento prévio e vinculante para o médico e os familiares.

Com esta nova lei, a decisão do paciente sobre a interrupção ou não recepção de hidratação e alimentação artificiais em caso de incapacidade ficará, agora, estabelecida no documento “Disposições antecipadas de terapia” (DAT).

A norma indica que nenhum tratamento ou procedimento pode ser realizado sem o consentimento pleno, livre e informado, de forma escrita ou através de meios informáticos, do paciente ou dos pais ou tutores, no caso de menores.

Ante as perguntas da imprensa em 20 de dezembro no Hospital Pediátrico ‘Bambino Gesú’, em Roma, o Cardeal Parolin explicou que a posição a favor da objeção de consciência é válida.

“Acredito que – sem fazer um julgamento global – um dos pontos desta lei é prever para as pessoas, os médicos, os agentes da área da saúde e das instituições católicas, a possibilidade de recorrer à objeção de consciência”.

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“Portanto, acho normal que exista esta posição”, sublinhou o Purpurado.

Em seu discurso prévio no centro de saúde, o Cardeal Parolin disse que “no serviço do cuidado precisamos seguir continuamente o caminho da inovação científica e técnica, mantendo sempre o paciente e a família no centro, respeitando plenamente os seus direitos e atendendo as suas necessidades”.

“E esta sempre é a missão de todo o Hospital Pediátrico Bambino Gesú. Para cumpri-la, é crucial que as atividades de diagnóstico e cuidados estejam baseadas nos valores evangélicos compartilhados por todos os funcionários e que os líderes se inspirem no grande profissionalismo e na transparência”, sublinhou.

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