MADRI, 9 de jan de 2018 às 08:00
O Bispo de San Sebastián, na Espanha, Dom José Ignacio Munilla, criticou o “aceno” ao pensamento da Nova Era presente em Star Wars: Os últimos Jedi.
Na edição de 5 de janeiro de seu programa ‘Sexto Continente’, transmitido pela Radio Maria, Dom Munilla lamentou que, “infelizmente, neste último filme houve uma mudança substancial, uma mudança notável”, com relação aos filmes anteriores, em especial à trilogia original desenvolvida por George Lucas.
Lucas, criador de Star Wars, deixou de lado o projeto após vender sua companhia, Lucasfilm, para a Disney em 2012.
Embora o Prelado tenha indicado que “não sou um especialista nessa saga”, assinalou que, “do ponto de vista de um pouco de valores e filosófico”, Star Wars tinha “uma inspiração saudável no que poderíamos chamar a filosofia perene, na qual se destacava que a alma humana tinha uma série de valores, que propuseram sobre a alma, sobre o crescimento humano, sobre Deus, em que se dava uma imagem de herói humano, a missão do herói”.
Este herói, indicou, era “um homem tipicamente jovem chamado a sair da comodidade de sua vida doméstica, impelido a dirigir-se a uma aventura perigosa, mas pelo bem da humanidade”.
“Tinha uma série de valores muito importantes”, destacou.
Até mesmo a expressão popular “que a Força esteja com você”, disse, “parecia que era uma sugestão de que a Graça de Deus esteja com você”.
“Obviamente não se pretendia transmitir nesta saga de Star Wars nenhuma espécie de valores religiosos explícitos, mas estava inspirado nesse filosofia perene”, disse.
Entretanto, para o Prelado é crítico que a película destaque coisas como “os livros sagrados não são necessários, pode-se queimar o templo”.
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O este novo filme propõe, assinalou, é que, “no fundo, a sabedoria esta dentro de você, não está nos livros, não está nessa tradição de nossos pais, mas queimemos os livros sagrados porque a sabedoria é você”.
“Aqui, estamos vendo uma reedição de ‘espiritualidade sem, religião não’”, advertiu.
Além disso, indicou, “também era notório na forma confusa da distinção do bem e do mal, como se o próprio bem e o mal necessitassem mutuamente um do outro para se desenvolver”.
Trata-se, disse, de “uma espécie de aceno à ‘nova era’ de espiritualidade sem, e você é a espiritualidade, você é a sabedoria. Mas não religiosidade, não uma tradição que foi entregue aos livros sagrados, que foi guardada no templo”.
Para o bispo espanhol, fica claro com este filme que “a ideologia dominante não tem campo, não tem terreno onde não entre para arrasar”.
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— ACI Digital (@acidigital) 19 de dezembro de 2017