Em sua primeira atividade oficial no Chile, o Papa Francisco expressou seu pesar pelo “dano irreparável causado às crianças por ministros da Igreja” e sublinhou que “é justo pedir perdão e apoiar, com todas as forças, as vítimas, ao mesmo tempo em que devemos empenhar-nos para que isso não volte a repetir-se”.

O Santo Padre expressou estas palavras durante o encontro com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático realizado na manhã de hoje no Palácio de La Moneda.

Em seu discurso, o Papa fez um apelo para tornar o país “uma casa, uma família”, e indicou que para isso é necessária a “capacidade de escuta” entre todos os setores, especialmente os mais vulneráveis, entre eles as crianças.

“E aqui não posso deixar de exprimir o pesar e a vergonha que sinto perante o dano irreparável causado às crianças por ministros da Igreja. Desejo unir-me aos meus irmãos no episcopado, porque é justo pedir perdão e apoiar, com todas as forças, as vítimas, ao mesmo tempo em que nos devemos empenhar para que isso não volte a repetir-se”, expressou.

Francisco não mencionou nomes, entretanto, no Chile há o caso do Pe. Fernando Karadima, que atualmente tem 87 anos e foi acusado de ter cometido abusos sexuais nos anos 1990.

A justiça chilena encerrou o processo em 2010. Entretanto, a investigação canônica da Santa Sé o declarou culpado de cometer abusos sexuais a menores de idade.

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A investigação da Congregação para a Doutrina da Fé começou em julho de 2010 e concluiu com um decreto divulgado em 16 de janeiro de 2011.

O decreto proibiu perpetuamente o sacerdote de exercer as suas funções sacerdotais e, considerando a sua idade atual (80 anos) e a sua saúde, foi obrigado a retirar-se “a uma vida de oração e de penitência, também em reparação das vítimas dos abusos cometidos por ele”.

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