A Sala de Imprensa da Santa Sé confirmou que o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, visitará o Papa Francisco no dia 5 de fevereiro, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.

“Em resposta às perguntas de alguns jornalistas, a Sala de Imprensa da Santa Sé confirma que, na manhã de segunda-feira, 5 de fevereiro, o presidente turco, Tayyip Erdogan, será recebido em audiência pelo Santo Padre na Biblioteca do Palácio Apostólico Vaticano”, informou a Santa Sé.

Essa visita ocorrerá no contexto das tensões no Oriente Médio. Especificamente, na Síria, onde a Turquia desempenhou um papel importante, tanto na tentativa de derrogar o presidente sírio Bashar al-Assad, como para expulsar os combatentes curdos que se estabeleceram ao longo da fronteira turca depois de derrotar os terroristas do Estado Islâmico.

Outro tema que o presidente Erdogan pretende levar ao Pontífice é a respeito da situação de Jerusalém depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a sua decisão de transferir a embaixada do país de Tel Aviv a Jerusalém.

Israelenses e palestinos disputam esta cidade como a capital de seus respectivos Estados e a decisão do presidente Trump a favor de Israel provocou uma série de confrontos violentos.

Em um recente apelo, o presidente Erdogan pediu ao mundo muçulmano que se levantasse contra esta situação, pois “se perdemos Jerusalém, depois perderemos Medina e Meca”, assinalou. Além disso, anunciou que transferiria a embaixada da Turquia para Jerusalém Oriental, onde está a população árabe de Jerusalém.

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Por outro lado, o presidente Erdogan foi questionado em várias ocasiões tanto dentro como fora da Turquia por seu caráter autoritário e foi acusado de pretender estabelecer um regime islâmico na Turquia.

Em um discurso ante parlamentares paquistaneses em novembro de 2016, Erdogan afirmou que “o islã não pode dialogar com outras religiões” e rechaçou todo o diálogo com o Vaticano.

Do mesmo modo, em abril de 2015, a Turquia provocou uma crise diplomática com o Vaticano em resposta ao reconhecimento e à denúncia que o Papa Francisco fez do genocídio armênio, provocado pelos turcos otomanos no século XX e negado pelas autoridades turcas.

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