O Papa Francisco pediu um estatuto especial para Jerusalém garantido internacionalmente como uma solução para a disputa entre o Estado de Israel e a Autoridade Nacional Palestina pela soberania sobre a cidade.

O Santo Padre pediu que este estatuto “preserve a identidade, a vocação única do lugar de paz como chamamos os Lugares Santos, e o seu valor universal, permitindo um futuro de reconciliação e de esperança para toda a região” e o justificou na “peculiar natureza de Jerusalém”.

Francisco fez este apelo na carta que enviou ao Grão Imã de Al-Azhar, Egito, Ahmad Al-Tayyib, um dos líderes muçulmanos mais prestigiados do mundo islâmico, por ocasião do convite a participar da Conferência Internacional em apoio a Jerusalém que está sendo celebrada nesses dias no Cairo.

Depois de agradecer pelo convite e de pedir desculpas pela sua ausência por coincidir com a viagem apostólica ao Chile e ao Peru, o Pontífice recordou com urgência “a necessidade de uma retomada do diálogo entre israelenses e palestinos por uma solução negociada, voltada à pacífica coexistência de dois Estados dentro das fronteiras entre eles concordadas e internacionalmente reconhecidas”.

O Papa assegurou ao Grão Imã de Al-Azhar suas orações “pela causa da paz, de uma paz verdadeira, real”. Em particular, elevo sinceras orações para que os responsáveis das nações, as autoridades civis e religiosas de todos os lugares se empenhem em evitar novas espirais de tensões e apoiar todo esforço para fazer prevalecer a concórdia, a justiça e a segurança para as populações daquela Terra abençoada que tenho no coração”.

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Nas últimas semanas, houve confrontos violentos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses em diferentes lugares dos territórios palestinos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou sua decisão de transferir a embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.

Israelenses e palestinos disputam esta cidade como capital de seus respectivos Estados e a tomada de posição do presidente Trump em favor de Israel provocou a indignação de todo o mundo árabe.

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