A Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) denunciou o massacre perpetrado pelas forças militares em 15 de janeiro, no qual um grupo de pessoas perdeu a vida na busca de Oscar Pérez.

Pérez foi um policial e piloto venezuelano que estava contra o regime do presidente Nicolás Maduro e em 2017 atacou edifícios do governo de um helicóptero.

A CEV manifestou, através de um comunicado divulgado na quinta-feira, 18 de janeiro, que “a vida humana sempre é sagrada, válida e inviolável”, em relação às “execuções extrajudiciais e mortes de civis” denunciadas.

“Este ato nos coloca diante da degradação e da falta de respeito pela dignidade e os direitos humanos pertencentes a qualquer pessoa. Existe uma série de evidências que precisam ser investigadas e explicadas razoavelmente aos parentes e a toda a comunidade venezuelana”, explicaram.

Acerca das evidências, referiram-se à “falta de resolução pacífica do conflito frente a um caso de solicitação de entrega, a ausência de promotores no procedimento, o uso de grupos civis armados”.

Nesse sentido, a CEV exigiu ao Estado que as violações contra os Direitos Humanos sejam investigadas “com maior prontidão e objetividade” pelas organizações públicas competentes.

Além disso, pediram ao Procurador Geral que entregue aos familiares os corpos dos falecidos, evitando a cremação, a fim de poder investigar a causa das mortes; pediram aos Tribunais que garantam as evidências da operação; e aos Poderes Públicos que recordem o seu dever de garantir a justiça.

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Por outro lado, também exortaram os cidadãos a “não se acostumarem"”com a “multiplicação dos casos de mortes não esclarecidas nem investigadas”.

Finalmente, os bispos convidaram todos os crentes em Cristo a intensificar a “oração ao Senhor da vida pelas vítimas, pelos familiares e pela Venezuela”.

“A fim de conceder a todos os venezuelanos a sabedoria necessária para encontrar caminhos de Justiça, de verdade e de paz”, concluíram.

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