DUBLIN, 23 de jan de 2018 às 12:00
Um sacerdote pediu à Igreja Católica na Irlanda que aumente o número de exorcistas, pois nos últimos anos “aumentou exponencialmente” a demanda deles, devido o crescimento da atividade maligna.
Em declarações ao jornal ‘The Irish Catholic’, o Pe. Pat Collins, exorcista da região, indicou: “o que estou descobrindo desesperadamente é que as pessoas acreditam, corretamente ou erroneamente, que estão afligidas por um espírito maligno”.
“Acho que em muitos casos eles pensam erroneamente, mas quando se dirigem à igreja, eles não sabem o que fazer com eles e lhes recomendam ir a um psicólogo ou que procurem alguém que está interessado nesse tipo de ministério. Deste modo, seus casos passam despercebidos e muitas vezes não recebem ajuda”, expressou.
Diante dessa realidade, o Pe. Collins escreveu uma carta aberta, uma parte dela foi recolhida pelo ‘The Irish Catholic’. No texto, adverte que observou o aumento da apostasia dentro da Igreja e que "como isso aconteceu, houve uma crescente evidência da atividade do maligno".
O sacerdote disse que recebeu um grande número de ligações e e-mails, porque as pessoas descobrem por internet que ele é exorcista. "Nos últimos anos, a demanda aumentou exponencialmente", explicou.
O Pe. Collins indicou que está "intrigado" pelo fato de que os Bispos da Irlanda não estejam tomando medidas para nomear sacerdotes com a experiência necessária para lidar com essa situação.
“Na maioria dos casos, depois várias reuniões, surgirá a possibilidade de que se trate de um problema médico, psiquiátrico ou psicológico, e logo depois a pessoa será encaminhada aos especialistas competentes”, afirmou o sacerdote vicentino.
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Também afirmou que se os bispos acreditam que não há demanda de exorcistas, “não estão em contato com a realidade”. Recordou que a Bíblia revela que o exorcismo é algo central no ministério de Jesus Cristo.
Acrescentou que atualmente se questiona se o clero acredita na existência de espíritos malignos e "suspeito que não".
‘The Irish Catholic’ se comunicou com uma porta-voz do Escritório de Comunicação da Conferência Episcopal Irlandesa, cujo nome não foi divulgado, que explicou que cada diocese deveria ter um exorcista experiente que saiba distinguir os sinais de uma possessão demoníaca ou de uma doença mental ou física.
"Os exorcismos são muito raros e neste escritório não sabemos de nenhum caso de ‘exorcismo’ nos últimos anos na Irlanda", destacou.
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— ACI Digital (@acidigital) 22 de março de 2017