PARIS, 26 de jan de 2018 às 16:00
Durante a Marcha pela Vida em Paris, realizada no dia 21 de janeiro, houve numerosos testemunhos a favor da vida, como o de Madeleine, uma enfermeira francesa que assinalou que, embora a lei lhes permita rechaçar o aborto, as pressões impedem que os profissionais da área da saúde se recusem a praticá-lo.
Madeleine é uma enfermeira francesa que participou da Marcha pela Vida em Paris (França) e, em declarações ao Grupo ACI, explicou como vê o aborto na perspectiva de uma professional da área da saúde.
“Vejo o que acontece nas salas de cirurgia. Vejo a realidade do aborto a partir da visão de um médico e é traumatizante ver o corpo de uma criança em uma caixa de plástico no laboratório, em vez de estar nos braços dos seus pais. É algo traumático para a equipe médica”, assegurou.
Além disso, indicou que “ninguém estudou enfermagem ou medicina para ver isso. Estudamos a nossa carreira para proteger a vida, para aliviá-la, acompanhá-la”.
Nesse sentido, Madeleine destacou a “falta de liberdade dos profissionais médicos” ante a legislação francesa atual.
“Acho terrível o fato de que não sejamos livres em nosso atos quando somos responsáveis por eles. Se eu não concordo com algo, deveria ter o direito de não fazê-lo”, declarou a enfermeira ao Grupo ACI.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
“Temos tanta pressão externa que, embora a lei nos permita negar, realmente sentimos a pressão e nos sentimos obrigados a fazer coisas que não queremos”, explicou e insistiu que entre a equipe médica existe uma “vontade de proteger a vida contra a violência e a morte”.
A enfermeira também fez um apelo aos seus colegas de trabalho: “Isso não deve ser um tabu. Temos que estar de acordo com nós mesmos e com as nossas ações”.
Por isso, incentivou os seus colegas da área da saúde a serem capazes de dizer “eu não quero fazer isso, é horrível”. “Eu não julgo ninguém, é claro que não julgo essas mulheres, gostaria de abraçá-las. Também não julgo a equipe médica que não concorda comigo, mas eu não quero carregar esse peso (do aborto)”.
Confira também:
Mais de 40 mil marcharam pela vida em Paris sob intensa chuva [FOTOS e VÍDEO] https://t.co/FHkSvhVLhS
— ACI Digital (@acidigital) 22 de janeiro de 2018