VATICANO, 29 de jun de 2005 às 11:40
No curso da sua homilia, com ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Pablo, o Santo Padre recordou que tal festa não é só uma grata memória destas duas grandes testemunhas de Jesus, mas também a confissão da Igreja como uma, Santa, católica e apostólica.
A Santa Eucaristia teve lugar na Basílica vaticana às 9:30h (hora local) e no curso desta o Papa benzeu e impôs os sagrados Pálios ao Decano do Colégio Cardenalicio, o cardeal Angelo Sodano e a 32 Arcebispos Metropolitanos.
Ao início de sua homilia destacou que a Solenidade de São Pedro e São Paulo é “sobre tudo uma festa da catolicidade”. Fazendo referência à passagem bíblica de Pentecostes fez notar que “o fim da missão é uma humanidade que se converte ela mesma em glorificação vivente de Deus, o culto verdadeiro que Deus se espera: é este o sentido mais profundo de catolicidade- uma catolicidade que já nos foi doada e para a qual ainda devemos nos encaminhar sempre renovadamente”.
Deste modo enfatizou que “catolicidade não expressa somente uma dimensão horizontal; expressa também uma dimensão vertical: solo dirigindo o olhar a Deus, só nos abrindo a Ele podemos chegar a ser verdadeiramente uma só coisa”. “Catolicidade- continuou- significa universalidade- multiplicidade que se converte em unidade; unidade que permanece não obstante como multiplicada”.
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Recordando ao apóstolo dos gentis disse que “da palavra do Paulo sobre a universalidade da Igreja vimos que faz parte desta unidade a capacidade dos povos de superar-se a si mesmos, para olhar para o único Deus. A unidade dos homens na sua multiplicidade se tornou possível porque Deus, este único Deus do céu e da terra se nos revelou; porque a verdade essencial sobre nossa vida, sobre nosso “de onde?” e “para onde?”, tornou-se visível quando Ele se mostrou a nós e em Jesus Cristo nos fez ver o seu rosto, a si mesmo. Esta verdade sobre a essência do nosso ser, sobre nosso viver e sobre nosso morrer, verdade que por Deus se tornou visível, une-nos e nos faz ser irmãos”.
“Catolicidade e unidade vão juntas. E a unidade têm um conteúdo: a fé que os Apóstolos nos transmitiram da parte de Cristo… O fato que catolicidad e unidade se façam visíveis a nós nas figuras dos Santos Apóstolos nos indica já a característica sucessiva da Igreja: esta é apostólica”.
“A Igreja- continuou- é apostólica porque confessa a fé dos Apóstolos e busca vivê-la. Os Apóstolos e seus sucessores deveriam estar sempre com seu Senhor e assim, onde vão, estar sempre em comunhão com Ele e viver desta comunhão”.
Finalmente, O Santo Padre falou sobre a santidade da Igreja. “Ela -disse – não é Santa por si mesma; está constituida de pecadores- sabemos e o vemos todos. Entretanto, esta é sempre santificada novamente pelo amor purificador de Cristo. Deus não só falou: amou-nos muito realmente, amado até a morte do próprio Filho”.