A senadora colombiana Maria del Rosario Guerra visitou Madri (Espanha) para participar do I Seminário Internacional sobre “Cuidados Paliativos x Eutanásia”, organizado pela Fundação Valores e Sociedade.

Segundo explicou a senadora do Partido Centro Democrático, o objetivo que deve ser perseguido é que a sociedade trabalhe em benefício do ser humano e não contra ele, pois “a vida humana sempre tem valor, independentemente da sua qualidade”.

Em declarações ao Grupo ACI, Guerra assegurou que a maneira dos países europeus legislarem sobre temas relacionados à vida influencia outras nações.

“Quando estamos estruturando projetos de lei ou quando os tribunais colombianos estão revisando a sua jurisprudência, é comum olhar de forma comparativa o que ocorre em outros países. Por isso, o que a União Europeia, os Estados Unidos, as Nações Unidas ou a OEA decidirem termina repercutindo em nossos países”, declarou.

Deste modo, sublinhou que “a defesa da vida deve ser uma prioridade. Defesa da vida como sustento para o fortalecimento da família, das relações sociais, da defesa dos mais vulneráveis”.

Além disso, assegurou que, pelo contrário, a promoção da eutanásia ou do aborto “prejudicam os valores da nossa sociedade”.

A legislação atual da Colômbia sobre a eutanásia prevê que os menores de idade podem ter acesso a esta prática, de acordo com a decisão do Tribunal Constitucional em 2017.

Nesse sentido, a senadora Guerra afirmou que a sociedade colombiana não pediu um regulamento sobre a eutanásia, pois a grande maioria “sempre discordou”.

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Guerra explicou que esta regulação “foi uma imposição do Tribunal Constitucional, motivado por alguns grupos que são majoritariamente de esquerda ou que estão de acordo com a agenda de deterioração dos princípios da sociedade – que são princípios cristãos – muitos pró-ideologia de gênero”, disse ao Grupo ACI.

A senadora ainda indicou que, na decisão a favor da eutanásia sobre a qual o Parlamento não havia legislado, “o Tribunal assumiu essa jurisdição contra a decisão popular e a decisão do Congresso”, abrindo as portas para essa prática contra a vida na Colômbia.

Entretanto, a senadora Guerra afirmou que ainda há esperança de reverter a decisão “na medida em que saibamos eleger os congressistas e os membros dos nossos tribunais”.

“Espero que tenhamos alguns anos com mudanças na presidência da Colômbia e no Congresso, e assim teremos pessoas comprometidas com a defesa da vida”, sublinhou a senadora.

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