Os bispos da Colômbia rezaram pela libertação da religiosa Gloria Cecilia Narváez, que no dia 7 de fevereiro completou um ano desde que foi sequestrada por um grupo terrorista no Mali, na África.

No Twitter, a Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) divulgou uma mensagem que indica que os bispos, reunidos na 105ª Assembleia Plenária de 5 a 9 de fevereiro em Bogotá, rezam pelo bem-estar da religiosa.

“Irmã Cecilia, não nos esquecemos de você. Pedimos incessantemente a Deus por sua rápida libertação. Os bispos reunidos na Assembleia Plenária rezam pela sua liberdade. Pedimos a nossa Mãe que interceda ante de Deus para que toque os corações dos sequestradores e você consiga a desejada libertação”, expressaram.

Os Prelados também ofereceram a Missa celebrada na quarta-feira pela religiosa de 56 anos, membro da Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada.

No final de janeiro deste ano, a “Frente Al Nusra para o Islã e os Muçulmanos” (Nusrat Al Islam wal Muslimin), organização ligada à Al Qaeda, divulgou um vídeo no qual a religiosa pede ao Papa Francisco, em francês: “Faça tudo o que for possível para me libertar”.

Édgar Narváez, irmão da religiosa, disse ao jornal ‘El País Colombia’ que este vídeo “é a segunda prova que temos de que a minha irmã está viva. Ao contrário do primeiro vídeo, em julho do ano passado, no qual a vimos muito desfigurada e só a reconhecemos pela voz, nesse vídeo ela parece estar mais forte e falando mais alto”.

“Mas, mesmo assim, continua sendo muito difícil acreditar que isso esteja acontecendo. Todos nós choramos, é incrível vê-la depois de um tempo”, afirmou.

Em relação ao sequestro da religiosa, manifestou que era difícil “imaginar algo assim”. “Nunca aconteceu nada conosco na Colômbia, onde há terrorismo, tráfico de drogas, paramilitares. Não sabíamos o que era um sequestro, nem uma extorsão. Nunca imaginamos que isso fosse acontecer com a minha irmã no Mali, em outro continente. Em casa, apenas ficamos olhando para o mapa e ainda não conseguimos acreditar. Ninguém sabe o motivo”.

Édgar também expressou seu desejo de que a sua irmã seja libertada na Quarta-feira de Cinzas, na Semana Santa ou antes do seu aniversário, que se celebra em 25 de setembro.

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“Um milagre pode acontecer com a minha ‘negra preciosa’”, comentou.

Por outro lado, o comandante dos Grupos de Ação Unificada pela Liberdade Pessoal (GAULA) da Polícia Nacional, o General Fernando Murillo, assegurou a RCN Rádio que, “junto com a Gendarmaria do Vaticano, tivemos reuniões na Holanda para trocar informações” que permitam “a libertação da religiosa”.

Nesse sentido, em um comunicado, o Secretário Geral da CEC, Dom Elkin Fernando Álvarez Botero, indicou que confia na mediação da Santa Sé para a libertação da Irmã Gloria Narváez.

O Prelado afirmou que o Papa Francisco sempre teve “em sua mente, em seu coração e em suas orações o caso da Irmã Narváez”.

“A Igreja está alegre, porque sabe que está viva e temos um prova de que de alguma forma tem a capacidade de enviar uma mensagem e mostrar como está nesse momento, e isso é algo positivo”, expressou o também Bispo Auxiliar de Medellín.

A Irmã Gloria Narváez, que vivia no Mali há 25 anos, foi sequestrada em 7 fevereiro de 2017 no leste de Bamako, capital do país. Ela estava na casa da sua congregação junto com outras três religiosas.

A Superiora da Congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada na Colômbia, Irmã Noemi Quesada, disse a rádio colombiana La FM que “os sequestradores se apresentaram dizendo que eles eram um grupo de jihadistas,  que tinham ordens para matar e que vinham para isso. Então, três religiosas conseguiram fugir”, mas sequestraram Gloria, que era responsável pela casa.

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