O Papa Francisco respondeu à pergunta “De que adiante ir à igreja?”, se ao sair dela uma pessoa logo volta a pecar.

Em 19 de fevereiro, a Santa Sé divulgou o diálogo que o Papa Francisco teve com um grupo de órfãos de Bucareste (Romênia) em 4 de janeiro, quando um jovem lhe perguntou: “De que adianta ir à igreja?”, se ao sair a pessoa volta a pecar.

A reunião aconteceu no Vaticano, onde o Santo Padre respondeu a perguntas realizadas por alguns órfãos. Essas crianças e jovens são assistidos pela ONG de educação.

“Por que a vida é tão difícil e, entre nós amigos brigamos frequentemente? E enganamos uns aos outros? Vocês sacerdotes nos dizem para ir à Igreja, mas imediatamente, quando saímos, erramos e cometemos pecados. Então, por que eu entrei na Igreja? Se eu considero que Deus está na minha alma, por que é importante ir à Igreja?”, perguntou um dos órfãos.

Em sua resposta, Francisco disse: “Os seus ‘por quês’ têm uma resposta: é o pecado, o egoísmo humano: por isso – como você diz – ‘muitas vezes brigamos’, ‘nos machucamos, nos enganamos’. Você mesmo reconheceu isso, que, mesmo indo à igreja, depois erramos novamente, permanecemos sempre pecadores”.

“Então, você se pergunta: a que serve ir à igreja? Serve para nos colocarmos diante de Deus como somos, sem ‘maquiagem’, assim como somos diante de Deus, sem maquiagem. Para dizer: ‘Aqui estou, Senhor, eu sou um pecador e peço perdão. Tenha piedade de mim’”.

Além disso, Francisco afirmou que, “se eu vou à igreja para fingir que sou uma boa pessoa, isso não serve. Se eu vou à igreja porque gosto de ouvir música ou porque me sinto bem, não serve. Serve se no início, quando entro na igreja, posso dizer: ‘Aqui estou Senhor. Tu me amas e eu sou um pecador. Tenha piedade de nós’”.

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Em seguida, o Papa sublinhou que, “se fizermos isso, nós voltamos para casa perdoados. Acariciados por Ele, mais amados por Ele, sentindo essa carícia, esse amor. Assim aos poucos, Deus transforma nosso coração com a sua misericórdia, e também transforma a nossa vida”.

“Não ficamos sempre iguais, somos ‘trabalhados’. Deus trabalha o nosso coração e somos trabalhados como argila nas mãos do oleiro; e o amor de Deus toma o lugar do nosso egoísmo”.

Finalmente, o Papa Francisco sublinhou: “É por isso que creio seja importante ir à igreja: não só olhar para Deus, mas para deixar-se olhar por Ele. É o que penso, obrigado”.

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