A Conferência Episcopal do Chile informou que Dom Charles Scicluna, enviado pelo Papa Francisco para reunir provas acerca do suposto encobrimento de Dom Juan Barros sobre os abusos sexuais cometidos por Fernando Karadima, foi operado da vesícula em uma clínica em Santiago.

O porta-voz da Conferência Episcopal do Chile, Jaime Coiro, explicou em 21 de fevereiro que o Prelado foi internado no dia anterior às 21h na Clínica San Carlos de Apoquindo, da UC Christus, devido a uma dor abdominal que já durava alguns dias.

Os médicos examinaram o Arcebispo de Malta e confirmaram que tinha uma coleciste aguda, cálculos na vesícula, e passou por uma cirurgia que requer uma recuperação de 48 a 72 horas.

Sobre as audiências programadas com pessoas que manifestaram ter provas do suposto encobrimento de Dom Juan Barros, Coiro indicou que, por decisão do Papa Francisco, estas serão realizados por Mons. Jordi Bertomeu, que participava como secretário de Dom Scicluna.

“Esperamos a pronta recuperação de Dom Scicluna, que já manifestou a sua disposição de poder, na medida do possível, encontrar algumas pessoas assim que puder retornar à missão que lhe foi confiada”, concluiu Coiro.

Dom Charles Scicluna, presidente do Colégio para o exame de recursos em matéria de delitos graves da Sessão Ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé, chegou ao Chile no dia 19 de fevereiro para realizar reuniões até sexta-feira, 23.

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Antes de sua chegada ao país, o Prelado teve uma reunião nos Estados Unidos com Juan Carlos Cruz, uma das pessoas que denunciou Fernando Karadima, sacerdote que a Santa Sé declarou culpado de abusos sexuais em 2011.

O enviado papal também se encontrou, ao chegar ao país, com James Hamilton, outro denunciante do caso Karadima.

Por sua parte, Mons. Bertomeu se reuniu em 21 de fevereiro com José Andrés Murilllo, terceira pessoa que fez a denúncia no processo de Karadima. À tarde, recebeu um grupo de leigos da Diocese de Osorno, que buscam a renúncia de Dom Barros, bispo dessa jurisdição.

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