O Relatório sobre a Liberdade Religiosa 2004 da associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), incluiu  Espanha, Cuba e Colômbia na lista dos países onde a liberdade religiosa atravessa problemas.

Segundo o texto, apresentado hoje na sede do Parlamento Italiano, com “violência e perseguições: a situação da liberdade religiosa no mundo segue sendo crítica”.

O documento, de 414 páginas, analisa a situação das nações por ordem alfabética e segundo os continentes, desde a Albânia até Vanuatu. Foi apresentado à imprensa pelo Presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Pier Ferdinando Casini, e o Cardeal Renato Martino, Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Segundo AIS, "o relatório 2005 se apóia em informações diretas, testemunhos, documentos oficiais, artigos de imprensa e informações subministradas pelas organizações que se ocupam dos direitos humanos" e considera que "a situação é muito grave na China, onde 19 bispos foram presos ou lhes impediram de exercer seu ministério".

O relatório também menciona o caso da Nigéria, "onde os cristãos são vítimas de ataques, vexames e abusos".

Quanto a Colômbia, os autores denunciaram "numerosos atos de violência e intimidação contra sacerdotes católicos. Em 19 de fevereiro, o Padre Ramón Rodríguez, sacerdote na Paniquita, no departamento do Cauca, foi atacado por supostos guerrilheiros e ferido de gravidade nas pernas".

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"Em 19 de março, o Padre César Peña, sacerdote de uma comunidade perto de Valdivia, foi seqüestrado pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)" e se cita o seqüestro do Bispo de Yopal, Dom  Miseal Vacca Ramírez.

No caso Cuba, o relatório cita declarações do Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega y Alamino, quem sustenta que "os católicos não são objeto de uma verdadeira perseguição material, mas sim de uma forma mais sutil, de um intento de empurrar toda atividade (da Igreja) às márgens da sociedade e da política". Na ilha, a Igreja não tem acesso à imprensa e não há educação religiosa. Além disso, o ano passado, o governo local proibiu a uma paróquia de Santa Clara distribuir gratuitamente medicamentos e produtos de higiene pessoal.

Europa incluída

O relatório questiona a situação religiosa de alguns países europeus como a Espanha, onde "as relações harmoniosas entre a Igreja Católica e o Estado se degradaram depois da vitória do Partido Socialista".

O texto menciona também a Turquia, um país muçulmano candidato a pertencer à União Européia, onde "o respeito das minorias religiosas é muito insatisfatório".