Uma das primeiras reações diante da legalização dos "matrimônios" homossexuais na Espanha foi a proposta do recurso de insconstitucionalidade da lei e a exigência, novamente, de um referendum pela família, o matrimônio e a infância.

O Foro Espanhol da Família é a organização que convocou aos meios de comunicação para este sábado 2 de julho às 12h ante o Monumento à Constituição para reiterar sua demanda do referendum.

Seguros de que a batalha ainda não está perdida, o foro familiar assinalou que, através das vias estabelecidas pela legislação espanhola, pedirão a inconstitucionalidade da lei e a realização de um referendum. Segundo seu presidente, José Gabaldón, “isto é só o começo. vamos seguir defendendo os valores da família, utilizando todas as ferramentas democráticas para derrogar esta lei injusta e inoportuna. Pedimos aos órgãos competentes que pressentem um recurso de inconstitucionalidade, e vamos exigir um referendum sobre este tema”.

Antes e durante a votação das reformas legais na Câmara Baixa, mais de um milhar de manifestantes convocados pelo FEF se deram cita na madrilense Porta do Sol para protestar contra a lei. Os manifestantes levavam cartazes que diziam: "Zapatero demissão", "Queremos referendum", "Somos maioria", mescladas entre bandeiras da Espanha e do Vaticano. Esta reunião esteve precedida por outras tantas concorridas por milhares de cidadãos durante a véspera em mais de vinte cidades da Espanha.

Durante a concentração de hoje, os manifestantes levavam máscaras brancas que tinham a boca tampada “em sinal do silêncio imposto” porque, assinalaram “a aprovação desta lei supõe uma coação à liberdade de expressão de milhares de famílias”. Segundo um comunicado do Foro, “Rodríguez Zapatero está utilizando as instituições públicas para silenciar as reivindicações dos movimentos familiares”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Igual de rápida foi a reação de uma das organizações protagonistas da multitudinária manifestação a favor da família e o matrimônio no sábado passado, a plataforma cidadã Hazteoir.org, que assinalou ao Presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, como "responsável pela maior agressão à família, à infância e à sociedade espanholas".

Através de um comunicado, a associação lamentou que se aprove uma "lei injusta" com a oposição de "as famílias, os juizes, o Conselho de Estado, o Senado, membros do PSOE e numerosos homossexuais que o declararam publicamente". 

No mesmo comunicado, o presidente do Hazteoir.org, Ignacio Arsuaga, felicitou aos 147 deputados "que votaram em defesa da família e a infância", e destacou que onze deputados se somaram ao Não da anterior votação.

De outro lado, desde a Itália, o ministro das Reformas italiano, Roberto Calderoli, qualificou de "contrária a Deus e à natureza" à lei e considerou que é uma conseqüência nefasta da vitória da esquerda no país.

"O bom Deus criou ao homem e à mulher e fazendo isso pôs à família no centro da criação; o que aconteceu hoje na Espanha, com a aprovação da lei que autoriza os matrimônios homossexuais, é o último ato contra Deus e a natureza", assinalou o ministro em um comunicado.