Abuja, 27 de fev de 2018 às 11:00
O governo da Nigéria confirmou que 110 meninas do Colégio de Ciências e Tecnologia do Governo em Dapchi, estado de Yobe, foram sequestradas quando o grupo terrorista muçulmano Boko Haram, aliado ao Estado islâmico, atacou a escola na segunda-feira, 19 de fevereiro.
Seis dias depois do ataque, no dia 25 de fevereiro, o Ministério Federal de Informação e Cultura da Nigéria confirmou o sequestro das meninas através da sua conta de Twitter, apesar de que originalmente tenham dito que muitas estudantes haviam fugido e não tinham sido sequestradas.
“O ministro de Informação e Cultura, Lai Mohammed, anunciou o número de estudantes no domingo, após uma reunião entre uma delegação do governo federal e representantes dos grupos interessados, incluindo o governo estadual, a universidade, os pais, as agências de segurança e o governo local da Bursari, onde está localizada Dapchi, em Damaturu”, disse o comunicado.
Na segunda-feira, 26 de fevereiro, o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, participou de uma reunião em Abuja, onde reiterou os compromissos do governo a fim de resgatar as 110 meninas.
Por sua parte, o Ministro de Informação e Cultura também anunciou que o governo federal ordenou que as autoridades policiais e a defesa civil colocassem os seus funcionários em todas as escolas do estado a fim de garantir a segurança de estudantes e funcionários.
O ministro revelou que o governo federal intensificou os esforços para resgatar as meninas e devolvê-las aos pais, assegurando que as agências de segurança estão trabalhando para encontrar o seu paradeiro.
“Esta é a segunda vez em quatro dias que uma delegação do governo federal visitará o estado de Yobe desde o lamentável incidente. Esta é uma medida da seriedade com a qual enfrentamos o problema. As forças de segurança não estão deixando nenhuma pedra sem remover em sua busca”, continua o comunicado.
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Finalmente, o ministro do Interior disse que o governo está na obrigação de “recuperar as meninas e também nos garantir que isso não acontecerá novamente”.
O desaparecimento das estudantes pode ser um dos maiores incidentes, desde que o grupo jihadista sequestrou, em abril de 2014, cerca de 276 menores em Chibok, uma aldeia de maioria cristã, localizada no nordeste da Nigéria, uma região predominantemente muçulmana.
Mais de cem meninas foram libertadas, mas 112 ainda permanecem sequestradas.
Poucos dias depois, o Papa Francisco pediu na sua conta de Twitter: “Vamos todos nos unir em uma oração pela libertação imediata das estudantes raptadas na Nigéria”.
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— ACI Digital (@acidigital) 27 de fevereiro de 2018