ROMA, 2 de mar de 2018 às 18:00
A Arquidiocese de Nápoles (Itália) se pronunciou no dia 1º de março sobre o dossiê que recebeu de um informante no qual dezenas de sacerdotes italianos são envolvidos em escândalos homossexuais.
O dossiê foi entregue ontem à Arquidiocese pelo advogado italiano Francesco Mangiacapra, o qual alguns jornalistas locais assinalam como um conhecido gigolô. Diferentes meios de comunicação divulgaram a notícia envolvendo 60 sacerdotes e bispos em orgias homossexuais.
O Arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, soube a respeito do documento e decidiu remetê-lo ao Vaticano para que o caso seja investigado.
A Arquidiocese esclareceu que o processo contém 1.200 páginas de transcrições de conversas privadas e mencionam 34 sacerdotes e seis seminaristas de diversas dioceses em práticas homossexuais, mas não há nenhuma referência a casos de pedofilia.
O Arcebispo declarou que se as denúncias forem comprovados, pela gravidade dos atos, aqueles que “erraram devem pagar e devem ser ajudados a se arrepender do mal que causaram”.
Por sua parte, Mangiacapra afirmou que entregou os nomes somente à Arquidiocese de Nápoles – porque vive nesta cidade – e desconhece uma lista que circula por Whatsapp com nomes de sacerdotes acusados de ser homossexuais.
“Eu não escrevi essa lista que está circulando, embora apareça com a minha assinatura”, assinalou. Explicou que algumas pessoas “acrescentaram injustamente os nomes de outros sacerdotes que são mencionados nas conversas adjuntas”.
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“O meu documento contém 34 sacerdotes e 6 seminaristas. Também explico que no material entregue não há casos de pedofilia nem casos de comportamento criminoso relevante: trata-se de pecados, não de crimes”, acrescentou.
Confirmou que decidiu entregar o material à Arquidiocese de Nápoles porque vive nesta cidade “e esta é a Cúria mais próxima de mim”.
Até o final desta edição, o Vaticano não se pronunciou sobre este caso.
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— ACI Digital (@acidigital) 29 de novembro de 2017