BOGOTÁ, 1 de jul de 2005 às 14:44
Em declarações a Rádio Cadeia Nacional (RCN), o Cardeal Alfonso López Trujillo, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, recordou que os espanhóis têm o direito de fazer valer sua “objeção de consciência” diante da equiparação legal das uniões homossexuais com o matrimônio.
"Diante de uma lei iníqua, objeção de consciência", declarou o Cardeal de Roma e assinalou que a aprovação da norma no Congresso dos Deputados da Espanha era “algo que se esperava”.
“Espanha é uma nação que não quer aceitar algo que quebra fundamentalmente a tradição de um povo cristão”, precisou o Cardeal e recordou que "o direito à objeção de consciência é algo juridicamente reconhecido e isso se pode apresentar como válido. Não se pode obrigar a uma pessoa a ir contra seus princípios mais íntimos e totais".
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O Cardeal López Trujillo antecipou que diante da polêmica lei “virão várias demandas, pois o matrimônio só se pode dar entre um homem e uma mulher”; e recordou que a Igreja no país esteve presente no debate “com manifestações –de mais de um milhão de participantes– de rechaço" a essa normativa.
"Com esse tipo de legislação, como é que se protege o amor dos conjuges?, como é que se protege a unidade, a indissolubilidade, a fidelidade? quantas são as famílias que entregariam seus filhos a tais ‘matrimônios’?", questionou o Cardeal.
Segundo o funcionário vaticano, se na Espanha se fizesse um referendum sobre o tema, “os espanhóis fariam uma observação muito mais sensata” e rechaçariam a decisão.