BUENOS AIRES, 1 de jul de 2005 às 18:09
Diante da decisão da Corte Suprema de Buenos Aires de permitir que se pratique o aborto terapêutico a uma mulher com problemas de saúde, um perito da Universidade Católica Argentina (UCA) assinalou que “nunca a morte intencional de um paciente, principalmente quando é sadio, pode ser uma opção terapêutica para curar a outro doente”.
O Coordenador do Instituto de Bioética da Universidade Católica Argentina, Padre Rubén Revello, recordou em um comunicado que “o dever de todo profissional da medicina é defender a vida, tanto da mãe como do menino por nascer”, usando todos os meios ao seu alcance.
O sacerdote indicou que por sua complexidade o caso segue sendo analisado, entretanto, assinalou que toda decisão deve partir do princípio ético fundamental de que “a pessoa humana é o valor máximo” e que nenhuma consideração, seja econômica ou social, é argumento para opor-se a ela.
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Do mesmo modo, afirmou que a vida física da pessoa é o sustento de todos os direitos humanos e quem quer protegê-los deve, em primeiro lugar, defender “a vida de cada ser humano”.
O Pe. Revello explicou que a sociedade é posterior à pessoa e que ela “não pode decidir sacrificar alguns –por sua condição social, econômica, sanitária ou pela etapa de desenvolvimento que está atravessando– para salvar a outros”.
“A ciência é para a vida e seu compromisso é custodiá-la e sustentá-la. A sociedade é para a pessoa e sua defesa deve ser nosso compromisso ético fundamental”, finaliza o documento.