REDAÇÃO CENTRAL, 14 de mar de 2018 às 10:30
Em um dia como hoje, há 10 anos, faleceu Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, na cidade de Rocca di Papa (Itália).
A biografia publicada no site dos Focolares indica que Lubich passou seu último mês de vida na Policlínica Agostino Gemelli de Roma, devido a uma infecção respiratória. Daquele centro médico, seguiu dirigindo o movimento que liderou por 65 anos. Também recebeu a visita do Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I.
Nos últimos dias, expressou o desejo de voltar para sua casa, onde passou sua agonia, recebendo centenas de pessoas que lhe expressaram seu carinho. Em 14 de março de 2008, aos 88 anos, Chiara Lubich morreu rodeada por seus entes queridos.
Após saber de seu falecimento, o Papa Bento XVI enviou um telegrama a Oreste Basso, o então copresidente do Movimento dos Focolares, para expressar seus pêsames e proximidade.
“Recebi com profunda emoção a morte de Chiara Lubich, que chegou ao fim de uma longa e fecunda vida marcada incansavelmente por seu amor a Jesus abandonado”, expressou o Pontífice.
“Agradeço ao Senhor pelo testemunho de sua existência vivida na escuta das necessidades do homem contemporâneo, em plena fidelidade à Igreja ao Papa. Enquanto confio sua alma à Divina Bondade para que a acolha no seio do Pai, faço votos de que as pessoas que a conheceram e encontraram, e admirando as maravilhas que Deus realizou através do seu ardor missionários, sigam seus vestígios mantendo vivo seu carisma”, prosseguiu.
O funeral aconteceu na Basílica de São Paulo Extramuros, com a presença de políticos e líderes religiosos. Além disso, o então Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tacisio Bertone, leu uma carta de Bento XVI, que destacou que Chiara sempre esteve atenta aos “sinais dos tempos”.
Em 27 de janeiro de 2015, foi aberta a causa de beatificação da Serva de Deus Chiara Lubich, presidida pelo Bispo de Frascati, Dom Raffaelo Martinelli, na Catedral da Diocese.
“É um serviço que queremos dar à Igreja para oferecer, também à Igreja, um testemunho de fé, esperança, caridade, através da vida de uma de suas filhas”, indicou Dom Martinelli.
Atualmente, o Movimento dos Focolares está presente em 182 países e tem cerca de dois milhões de membros. Contam com uma beata, Chiara Luce Badano, dois veneráveis e dezenas de Servos de Deus.
Através de seus site, os Focolares informaram que, por ocasião do décimo aniversário de morte de sua fundadora, realizarão atividades nos diversos países para destacar seu “carisma da unidade como motor de mudança social”.
Quem foi Chaiara Lubich?
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Silvia Lubich nasceu em 22 de janeiro de 1920, em Trento (Itália). Aos 18 anos, recebeu o diploma de professora e teve que trabalhar para pagar seus estudos superiores. Entre 1939 e 1943, tornou-se terciária franciscana e adotou o nome de Chiara, em honra a Santa Clara de Assis. Em 7 de dezembro de 1943, consagrou-se a Deus e selou esse pacto com três cravos vermelhos. Esse dia é considerado como o nascimento do movimento.
Durante os bombardeios contra sua cidade na Segunda Guerra Mundial, ela e outras jovens se reuniram nos refúgios para ler o Evangelho e meditaram sobre a oração de Jesus antes de morrer: ‘Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti’ (Jo 17,21).
Sua família fugiu da cidade, mas ela decidiu permanecer e alugou um apartamento com outras moças, ao qual chamou de “primeiro focolare”. Em 1945, contava-se 500 membros.
Anos depois, conheceu o jornalista Igino Giordani, considerado um dos cofundadores do movimento, pioneiro do ecumenismo e, graças a ele, as famílias puderam se unir aos Focolares.
Em 1949, Chiara conheceu Pasquale Foresi, um jovem seminarista que se tornaria o primeiro sacerdote focolarino e que a ajudou com sua obra apostólica.
O Movimento dos Focolares, também conhecido como “A Obra de Maria”, obteve a aprovação da Santa Sé em 1962. Nos anos posteriores, foram implementados diferentes ramos, como o dos jovens, chamado “Movimento Gen”. Na década de 1990, impulsionou-se o diálogo inter-religioso.
Lubich costumava dizer: “Gostaria que a Obra de Maria, no final dos tempos, quando estiver à espera de comparecer diante de Jesus Abandonado-Ressuscitado, em bloco, pudesse repetir-lhe: ‘No teu dia, meu Deus, caminharei em tua direção… com o meu sonho mais desvairado: levar para ti o mundo em meus braços. Pai que todos sejam um!’”.
Atualmente, os Focolares também desenvolvem seu trabalho ecumênico com muçulmanos, budistas, hindus, judeus e membros de outras religiões.
Mais informações sobre a vida e obra de Chiara Lubich AQUI.
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— ACI Digital (@acidigital) 7 de dezembro de 2016