BRASILIA, 20 de mar de 2018 às 16:18
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou que a verdade sobre Operação Caifás, que levou à prisão temporária do Bispo de Formosa (GO), Dom José Ronaldo, e sacerdotes, “deve ser apurada com justiça e transparência”.
Dom José Ronaldo, quatro padres, um monsenhor e funcionários administrativos da Diocese de Formosa tiveram a prisão temporária decretada na segunda-feira, 19 de março, na Operação Caifás, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, acusados de desvio de recursos, causando um prejuízo superior a 2 milhões de reais.
Durante a operação, R$ 70 mil e dólares em dinheiro vivo foram encontrados no fundo falso de um armário que estava no quarto de Monsenhor Epitácio Cardoso Pereira, na paróquia de Planaltina. As investigações também apontaram desvios de recursos nas cidades de Formosa e Posse.
Os investigadores afirmam que Dom José Ronaldo seria o articulador do desvio de dízimos, doações de fiéis, arrecadações de festas e taxas de batismos e casamentos, em um esquema que teria sido montado há cerca de três anos, desde quando o Prelado assumiu a Diocese, em 2015.
De acordo com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, com o dinheiros desviado foram compradas uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com o dinheiro desviado.
A seguir, confira a íntegra da nota da CNBB:
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Diante da prisão do bispo da Diocese de Formosa no estado de Goiás, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho.
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário geral da CNBB
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— ACI Digital (@acidigital) 20 de março de 2018