Por ocasião do Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado neste 21 de março, o Papa Francisco reforçou que “ninguém pode ser descartado”.

Em sua conta de Twitter, o Pontífice escreveu: “Ninguém pode ser descartado, porque todos somos vulneráveis. Cada um de nós é um tesouro que Deus faz crescer à sua maneira”, seguido das hashtags #Downsyndrome e #WDSD18.

O Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado pela Down Syndrome International e é comemorado desde 2006. A data escolhida, 21 de março (21/3), representa a trissomia do cromossomo 21, que causa esta condições genética.

Este data tem o objetivo de celebrar a vida das pessoas com síndrome de Down, bem como conscientizar as pessoas e promover a inclusão de todos na sociedade.

Em diversas outras ocasiões o Papa Francisco já havia se manifestado contra o que chama de “cultura do descarte” e, especificamente do caso de pessoas com deficiências, convocou à inclusão.

Em 21 de outubro do ano passado, durante um discurso aos participantes do encontro ‘A catequese e as pessoas com deficiência’, do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o Santo Padre denunciou que “uma visão muitas vezes narcisista e utilitarista leva muitos, infelizmente, a considerar marginais as pessoas com deficiência, sem ver nelas a multiforme riqueza humana e espiritual”.

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“Está ainda muito acentuada na mentalidade comum uma atitude de rejeição desta condição, como se ela impedisse de ser feliz e de se realizar a si mesmo. Disto dá provas a tendência eugênica a suprimir os nascituros que apresentam alguma forma de imperfeição”, assinalou.

Entretanto, Francisco ressaltou que, “na realidade, todos conhecemos muitas pessoas que, com as suas fragilidades, até graves, encontraram, mesmo se com dificuldade, o caminho de uma vida boa e rica de significado. Assim como, por outro lado, conhecemos pessoas aparentemente perfeitas mas desesperadas”.

Recentemente, durante sua viagem a San Giovanni Rotondo, no dia 17 de março, o Papa Francisco também condenou a cultura do descarte, a qual comparou à crueldade dos espartanos que assassinavam crianças que tinham malformações.

“Irmãos e irmãs, nós fazemos o mesmo! Com mais crueldade, com mais ciência. Aquele que não serve, que não produz, nós o descartamos: esta é a cultura do descarte. Os pequenos não são queridos hoje. E por isso Jesus é deixado de lado”, disse na ocasião.

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