Vaticano, 23 de mar de 2018 às 12:00
Foi lançado um novo livro-entrevista do Papa Francisco, intitulado “Deus é jovem”, no qual o Pontífice analisa os problemas fundamentais que a juventude atual enfrenta.
O livro, que estará à venda a partir do próximo Domingo de Ramos, é uma conversa com Thomas Leoncini e foi apresentado em Roma no Instituto Agustinianum.
No livro, o Pontífice assinala que “os adultos muitas vezes desenraizam os jovens, erradicam suas raízes e, em vez de ajudá-los a serem profetas pelo bem da sociedade, os tornam órfãos e descartados. Os jovens de hoje estão crescendo em uma sociedade desarraigada”.
Outro capítulo versa sobre o perdão. O Papa assegura que “devemos pedir perdão aos nossos jovens porque nem sempre os levamos a sério”. “Nós nem sempre os ajudamos a ver a estrada e a construir os meios que podem permitir que não sejam descartados”.
O Santo Padre assinala que, “muitas vezes, não sabemos como fazê-los sonhar e não somos capazes de entusiasmá-los”. Consciente da quantidade de jovens desempregados na Europa, explica que o “trabalho deveria ser para todos”, porque “todo ser humano deve ter a possibilidade concreta de trabalhar, de demonstrar a si mesmo e a seus entes queridos que ele pode ganhar a vida”.
“Não se pode aceitar a exploração, não se pode aceitar que muitos jovens sejam explorados pelos empregadores com falsas promessas, com pagamentos que nunca chegam, com a desculpa de que são jovens e devem fazer experiência”.
Além disso, o Pontífice critica a “cultura do efêmero” e denuncia que, “hoje, parece que tudo é manipulado e mascarado. Como se o fato de viver não tivesse sentido”.
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“Há muitos pais adolescentes na cabeça, que querem viver a vida efêmera eterna e, conscientemente ou não, fazem suas crianças vítimas deste perverso jogo do efêmero”, assegura no livro.
Por outro lado, destaca que “Deus é jovem” porque ele faz novas todas as coisas. “Deus é o Eterno que não há tempo, mas é capaz de renovar, rejuvenescer-se continuamente e rejuvenescer tudo”.
“Ele é jovem porque faz novas todas as coisas e gosta de novidades; porque surpreende e ama o estupor; porque sabe sonhar e deseja os nossos sonhos; porque ele é forte e entusiasmado; porque constrói relacionamentos e nos pede para fazermos o mesmo, é social”, diz o livro.
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— ACI Digital (@acidigital) 19 de março de 2018