CRACÓVIA, 3 de abr de 2018 às 16:00
O Arcebispo de Cracóvia e ex-secretário de São João Paulo II, Cardeal Dziwisz, compartilhou suas reflexões sobre o legado do Papa polonês, que faleceu no dia 2 de abril de 2005.
Na Missa presidida na segunda-feira, 2 de abril, no Santuário de São João Paulo II em Cracóvia, o Cardeal, que serviu durante 40 anos como secretário pessoal do Pontífice, destacou que todos devem percorrer um caminho de “amor e serviço”.
Em seguida, o Purpurado compartilhou uma importante lição que o “Papa da família” deixou. “Lendo o livro da vida de São João Paulo II, que todos nos sintamos inspirados pelo desejo que ele tornou realidade até o fim: fazer um dom de si mesmo para os outros e, finalmente, para Deus”, sublinhou.
O Cardeal afirmou que Deus sempre foi o centro da vida de Karol Wojtyla e recordou que a atitude do santo “era de respeito e disposição para o serviço. João Paulo II tinha certeza de que o caminho da Igreja é o homem e por isso sempre encorajou a Igreja a servir a todos os homens”.
“Ele nos chamou a cuidar de toda a vida concebida e indefesa. Ele incentivou o cuidado pastoral de sacrifício dos jovens e das famílias, o cuidado dos doentes, dos deficientes e dos idosos. Estes são apenas alguns exemplos que ele incluiu com seu próprio cuidado pastoral”.
O Arcebispo da Cracóvia também disse que, ao ver “o livro da vida de João Paulo II”, pode-se conhecer o seu grande amor pela Igreja, “não só por uma igreja perfeita que não existe, mas por uma Igreja de pessoas fracas e pecadoras, pessoas que estão se convertendo, voltando aos caminhos indicados no Evangelho”.
O santo, continuou o Purpurado, “guiou a Igreja ao terceiro milênio da fé cristã. Ele nos incentivou a olhar para o rosto de Jesus Cristo, o único Salvador do mundo, e avançar nas profundezas da fé, da esperança e do amor, e assim ser fermento do bem em um mundo turbulento”.
Em relação a sua importante ação no âmbito internacional, o Cardeal disse que São João Paulo II “se preocupou pelo destino do mundo, vendo o bem e o mal nele”. Ele viu egoísmo, tensões e conflitos. Tentou chegar a todos, especialmente aos responsáveis ??pelo destino das nações”.
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Do mesmo modo, destacou, “não há dúvida de que ele contribuiu decisivamente para libertar as nações da do leste e do centro da Europa do jugo de um sistema totalitário”.
“Que o Senhor ressuscitado nos fortaleça para proclamar a alegria do seu Evangelho a todas as pessoas que encontremos na vida”, concluiu.
No decorrer de um extenso pontificado de mais de 26 anos, São João Paulo II fez mais de 102 viagens ao redor do mundo e mais de 140 em toda a Itália.
Pronunciou mais de três mil homilias e discursos, publicou 14 encíclicas, 14 exortações apostólicas, 11 constituições e 42 cartas apostólicas.
São João Paulo II morreu no dia 2 de abril de 2005, às 21h37.
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